23 fevereiro 2015

Lisboa. As novas zonas com potencial para valorizar



ERA, B.Prime e Jones Lang Lasalle indicam quais as zonas de Lisboa que têm potencial para quem pretende arrendar e ter um rendimento de curto prazo. Mas também para quem investe a pensar no longo prazo.

Cidade de Lisboa

Almirante Reis

"Alguém que analise a Almirante Reis poderá ver que é uma artéria com enorme potencial que, em algum momento, se tornará um destino de investimento público e privado, e quem aí tiver imóveis - que comprou quando esta zona era olhada com desconfiança -, irá seguramente beneficiar fortemente deste 'upgrade'", prevê Jorge Botas, managing partner da consultora B.Prime. O director-geral da ERA concorda: "Toda a Almirante Reis, que apanha uma zona que era muito degradada (Anjos e Intendente) tem vindo a ser melhorada - por decisões políticas que criaram valor - sendo uma zona com um potencial de valorização "muito interessante". Por duas vias: porque está localizada numa zona central de Lisboa, com boas acessibilidades, e porque está perto do coração da procura de estrangeiros que vêm em busca de locais pitorescos como Alfama e o Castelo, onde o valor do m2 é mais alto. "Um investidor, com 200 mil euros, pode comprar duas boas fracções, remodelar, colocar no mercado de arrendamento de curta duração e ir buscar rentabilidades da ordem dos dois dígitos", diz Miguel Poisson. Tal como é possível a um investidor que queira manter o investimento, esperar "aí uns cinco anos para revender e tirar daí uma mais valia".
Sta Apolónia, Beato

"Outra zona que a mais longo prazo considero que tem potencial de valorização - se houver projectos de dimensão maior que arrastem consigo arrendamento e movimento -, é o eixo Sta Apolónia/Expo". Na opinião de Miguel Poisson, da ERA, toda esta zona ribeirinha, daqui a 10 ou 15 anos tenderá a passar por um processo de reabilitação semelhante ao que passou o Parque das Nações.

Campolide

Numa das principais entradas da cidade de Lisboa surge a terceira zona em que o director-geral da ERA aposta por ter um "importante potencial de valorização": Campolide. "Tem umas zonas degradadas, é certo, mas está muito próximo das Amoreiras que é, hoje em dia, uma zona caríssima e, portanto, tenderá naturalmente a valorizar."

Cais do Sodré, São Paulo, Alcântara

Cais do Sodré, Mercado da Ribeira e Rua de São Paulo, bem como todo o eixo Cais do Sodré/Alcântara, "tenderão a prazo a valorizar", diz o director-geral da ERA. Para isso contribui, além do facto de ser uma zona ribeirinha "com tudo de bom que isso significa", factores como a planeada construção do hospital da CUF naquela zona. "É, na minha opinião, claramente, uma zona de investimento seguro", remata. Maria Empis, directora de research da Jones Lang Lasalle, assina por baixo de localizações como São Paulo que "está a registar procura significativa por ser considerada uma zona alternativa e muito central" e acrescenta à lista a Baixa de Lisboa "que, claramente, dá mostras de se vir a tornar interessante devido à procura de imóveis com objectivo de serem reconvertidos em apartamentos turísticos". Nomeia também a Colina de Santana "localizada no centro de Lisboa e com diversos edifícios com potencial de reconversão para o segmento residencial".

Fonte: Negócios

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