14 junho 2015

BPI e Santander Totta oferecem TAE mais baixas no crédito à habitação


BPI e Santander são os únicos bancos com TAE abaixo dos 3% no crédito à habitação, em função dos pressupostos estabelecidos para a análise da FEP Junior Consulting. Para a primeira simulação (indivíduo de 25 anos, solteiro, com rendimento anual bruto de 11 200 euros, crédito de 150 mil euros para aquisição de habitação própria permanente avaliada e escriturada em 200 mil euros, localizada no Porto, sem valor residual ou período de carência e prazo de 20 anos), o BPI regista o valor mais baixo (2,690%).


Para a segunda simulação (indivíduo de 40 anos, casado com cônjuge de 40 anos, rendimento anual bruto agregado de 39 200 euros, crédito de 150 mil euros para aquisição de habitação própria permanente avaliada e escriturada em 200 mil euros, localizada no Porto, sem valor residual ou período de carência e prazo de 20 anos), é o Santander Totta (2,823%) que tem a proposta mais competitiva. Por outro lado, o banco BBVA apresenta os valores mais elevados (7,238% e 7,735%, respetivamente).


O crédito à habitação tem por taxa de referência a Euribor, à qual se adiciona um spread consoante o perfil do proponente. O spread mínimo mais reduzido é oferecido pelo Santander Totta (1,790%), e o mais elevado pelo Banif e Barclays (2,500%). No que toca ao spread máximo, o mais reduzido é oferecido pelo Santander Totta (4,200%) e o mais elevado é registado pelo BBVA (6,550%).

A idade máxima do beneficiário em todos os bancos supramencionados é de 70 ou 75 anos, sendo o prazo máximo do empréstimo de 40 ou 50 anos, com exceção do banco BIC, que calcula o prazo máximo em função da idade do beneficiário. O rácio entre financiamento e garantia denota o valor da hipoteca em relação ao valor do imóvel. Para a maioria dos bancos, o valor máximo para este indicador é próximo ou igual a 80%. O máximo é garantido pelo BBVA (garante 100%) e o mais reduzido é 75%, garantido pelo Montepio e pelo Banco Popular.

A opção carência de capital (período em que o devedor não amortiza capital, somente pagando juros) é adotada pela maioria dos bancos, podendo variar entre ano e meio e três anos. Montepio e BBVA são os bancos em análise que apresentam o maior tempo de carência.


Por André Ferreira e Joana Pina, FEP Junior Consulting
artigo publicado no Vida Económica a 11/06/2015

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