05 agosto 2015

Faturação da Century 21 cresce 38% no primeiro semestre de 2015


No primeiro semestre do ano, a Century 21 Portugal registou uma facturação de 8,5 milhões de euros, o que representa um crescimento de 38%, em comparação com o período homólogo do ano anterior. O volume de negócios mediado pela rede, nos primeiros seis meses de 2015, manteve-se estável, ultrapassando os 197 milhões de euros.


A Century 21 revela em comunicado de imprensa que entre Janeiro e Junho deste ano, registou 2.870 transações de venda, que correspondem a um crescimento de 31% face às 2.194 realizadas no mesmo período do ano anterior. O valor médio dos imóveis transacionados na rede Century 21 Portugal, no primeiro semestre do ano, desceu 16% para os 124,6 mil euros, contra a média de 149,6 mil euros registada no período homólogo do ano anterior.

No sector de arrendamento, a rede nacional da Century 21 Portugal realizou 1.369 transações, contra as 1.505 registadas no período homólogo do ano passado, revelando uma diminuição de 9%, nas operações de arrendamento. Este segmento representou cerca de 32% do total das transações realizadas pela Century 21 Portugal neste semestre, contra os 40% verificados nos primeiros seis meses de 2014.

Esta tendência decrescente do arrendamento continua a manter-se, desde o terceiro trimestre do ano passado. O valor médio de arrendamento continua a registar uma ligeira quebra, fixando-se nos 512,5 €, no primeiro semestre deste ano, tendo em conta o valor médio de 520 € registados entre Janeiro e Junho de 2014.

As transações internacionais registaram uma evolução positiva da ordem dos 6%. Entre Janeiro e Junho de 2015, a rede imobiliária efectuou 607 transações internacionais, face às 574 registadas nos primeiros seis meses de 2014. Os mercados internacionais com posição mais relevante na aquisição de imóveis em Portugal são o francês e o belga, que mantêm os níveis de procura do trimestre anterior, enquanto os compradores ingleses e nórdicos estão a gerar um aumento na procura, em virtude de actividades recentes de promoção de investimento imobiliário, nestes mercados. 

O impacto no negócio, do segmento internacional, nas vendas situou-se nos 21%, o que reflecte um ligeiro ajuste face aos 26% verificados no primeiro semestre de 2014. Estes indicadores confirmam que são agora as famílias portuguesas de classe média, e média baixa, que estão a dinamizar o mercado de venda de imóveis.

Crédito à Habitação

Os bancos começam a demonstrar uma maior abertura na oferta de crédito à habitação. Este é um factor fundamental para muitas famílias poderem adquirir o seu imóvel e está a influenciar positivamente a dinamização do mercado imobiliário.

De acordo com os dados do Banco de Portugal, o Montante das Novas Operações de Crédito à Habitação, entre Janeiro e Maio de 2015, atingiu os 1,288 mil milhões de euros, o que traduz um aumento de 51,5% face aos 850 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.

Na Century 21 Portugal registaram-se, desde o início do ano, cerca de 1000 processos de crédito habitação, o que significa que aproximadamente 60% das casas vendidas na rede recorreram ao crédito bancário, o que traduz um crescimento de 125% face ao ano anterior.

Foi atribuído um volume de crédito à habitação de aproximadamente 80 milhões de euros, que representa cerca de 40% do volume de negócio mediado pela Century 21 Portugal, o que revela um crescimento de 72%, em comparação com o ano anterior.Na rede Century 21 o valor médio do crédito à habitação situa-se nos 80 mil euros, o que corresponde, aproximadamente, a 65% do valor do imóvel.

Tendências do sector imobiliário

A evolução positiva de atribuição do crédito à habitação, por parte da banca, está a contribuir para a dinamização do sector imobiliário. Os proprietários que, nos últimos anos, não estavam a colocar em venda os seus imóveis, para não perderem as condições do crédito anteriormente contratado, estão a voltar ao mercado. Também os consumidores que adiaram a decisão de compra de imóveis, pela incerteza da situação macro económica, estão agora também a regressar ao mercado e a impulsionar a procura.

A conjugação destes factores está a fazer com que o valor médio dos imóveis transacionados baixe, dado que a classe média e média-baixa estão a ser os segmentos mais preponderantes no mercado imobiliário, neste momento. O mercado internacional já não é o único dinamizador do sector, como se verificou nos últimos tempos.

Contudo, esta tendência de crescimento do mercado deve ser analisada de forma prudente, dado que ainda se está a verificar um ajuste nas dinâmicas do sector imobiliário, que foi bastante impactado pelas condições macroeconómicas dos últimos anos. Os indicadores de evolução de atribuição do crédito à habitação estão a registar níveis de crescimento interessantes, contudo, devem ser considerados dois vectores nesta análise. Por um lado o volume de negócio mediado com recurso ao crédito, por outro lado, o número de operações de atribuição de crédito.

As políticas de qualificação e atribuição de crédito à habitação estão agora mais rigorosas, mas também mais consistentes e orientadas para um crescimento mais sustentado do sector imobiliário. Esta evolução ainda está em fase ascende, mas é expectável que venha a estabilizar já no segundo semestre.

O crescimento consecutivo que as grandes redes imobiliárias têm vindo a registar tem por base o aumento das quotas de mercado dos principais operadores. Actualmente, a mediação imobiliária especializada está a ganhar espaço no mercado, em virtude de uma sólida estratégia de investimento na formação dos profissionais do sector, que está a dotar os agentes imobiliários de competências específicas para acompanhar a crescente complexidade dos processos de transação imobiliária, em função dos segmentos, dinâmicas e especificidades que actualmente caraterizam o sector imobiliário. O mercado da medição imobiliária em Portugal está agora a atingir níveis mais elevados de profissionalização, em linha com as práticas da maioria dos outros países europeus.

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