27 outubro 2015

Angola é um dos países emergentes com maior nível de risco enquanto o Botswana continua a ser a economia emergente mais transparente


IMOnews Portugal
De acordo com a mais recente publicação “Emerging & Frontier Markets” divulgada pela Cushman & Wakefield, apesar das recentes dificuldades sentidas nas principais economias dos países emergentes, estes mercados mantêm-se como uma boa alternativa de investimento. A terceira edição do estudo – “Emerging & Frontier Markets” – que inclui um índice de risco associado por país - discute a forma como nos últimos 20 anos o cenário da economia global se alterou, com os investidores a procurarem cada vez mais as elevadas taxas de retorno dos países emergentes.

Estes mercados também se tornaram particularmente atrativos para as empresas, que desta forma respondem à estagnação sentida nas economias mais maduras.

O continente africano demonstra um desempenho particularmente positivo. Fatores como uma classe média em franco crescimento, melhorias nas infraestruturas e avanços tecnológicos, aliados a um mercado imobiliário com crescente transparência, levaram a que metade das primeiras 10 posições do índice seja ocupada por estados africanos.

Os resultados do índice de 2015 revelam uma manutenção do Botswana como o país mais atrativo para os ocupantes. Outros estados africanos que fazem parte do top 10 do índice são a Africa do Sul, o Gana, Marrocos e a Tunísia. É de referir no entanto a grande diversidade do continente africano, pois Angola, a República Democrática do Congo e o Zimbabwe surgem nas últimas posições do índice. A situação frágil do mercado angolano percecionada por ocupantes e investidores tem tido efeitos negativos não só no próprio país, mas também em Portugal, tendo em conta a estreita relação económica entre ambos os países.

Embora o sudoeste asiático seja uma das regiões do mundo com o crescimento mais acelerado, com os VIP’s (Vietname, Indonésia e Filipinas) a registarem um desempenho económico muito positivo, os três países caíram no ranking em 2015, sendo as principais razões alterações nos regimes de propriedade, no caso do Vietnam e das Filipinas, e os custos de registo de propriedade no caso da Indonésia.

No continente americano importa destacar a excelente performance do Uruguai que subiu 16 posições, ocupando em 2015 a 2ª posição do ranking; e do Panamá, que passou da 27ª posição para a 7ª em 2015. Outros mercados como o México, a Argentina e El Salvador registaram também subidas no ranking, estando hoje nas 12ª, 14ª e 19ª posições respetivamente. 

Nestas geografias os principais pontos a favor são a as perspetivas de desaceleração económico no curto prazo que se traduzem em expetativas de descida nas rendas; fator favorável para empresas que se queiram localizar nestes países.

Nota: O índice de risco tem em consideração as oportunidades e ameaças existentes a nível global para empresas que estão atentas ao imobiliário, seja numa perspetiva de expansão ou de relocalização, e desvenda quais os mercados que se apresentam como mais apetecíveis para os ocupantes ao longo de 2016.

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