15 março 2016

Investidores adaptam estratégias à conjuntura de “elevada competitividade” em Portugal


Com base nos resultados da segunda edição do Barómetro IPD/JLL , a consultora imobiliária conclui que os investidores em imobiliário em Portugal estão a adaptar as suas estratégias de investimento à actual conjuntura de “elevada competitividade”.


Em comunicado de imprensa, a JLL explica que este barómetro “ausculta o sentimento e perspectivas de evolução do mercado” dos principais investidores imobiliários que marcam presença no mercado nacional.

Segundo o documento, o mercado de investimento imobiliário é, actualmente, “marcado por uma crescente procura de activos prime, que os investidores consideram “ter agravado ainda mais a escassez de produto”, o que tem levado a um crescente desequilíbrio entre a oferta e a procura, à subida de preços dos activos e à compressão das yields de referência.

A JLL destaca que esta conjuntura, associada “às boas perspectivas de evolução dos mercados operacionais”, tem motivado um ajustamento das estratégias por parte dos investidores em Portugal, os quais estão hoje mais dispostos “a apostar em produtos com maior perfil de risco associado e mostram-se interessados em activos que, por norma, eram descartados”.

“Falamos de produtos secundários de escritórios, retalho ou industrial, localizados fora das zonas prime, que anteriormente não eram analisados pelos investidores, ressalva Pedro Lancastre referindo-se também a “outras classes alternativas de activos, em termos de uso, e de activos que, estando em zonas mais centrais, têm condições de rentabilidade menos atractivas”. Todavia, o director-geral da JLL frisa que “esse risco adicional que os investidores estão hoje dispostos a assumir, deverá ser sempre compensado por uma rentabilidade superior”.

Por sua vez, Luís Francisco explica que “este alargamento do espectro de produtos de investimento mostra que os investidores assumem que o mercado nacional continua a oferecer boas oportunidades e que os indicadores de actividade e ocupação devem registar boa performance este ano”. Para o senior associate da MSCI, também responsável pelo Barómetro, “neste cenário não é expectável que o interesse dos investidores estrangeiros abrande, pelo que a competitividade no bidding deverá ficar ainda mais acentuada”.

De acordo com o Barómetro, os produtos imobiliários que acolhem maior interesse por parte dos investidores continuam a ser os escritórios localizados em Lisboa, em especial no Prime CBD (29%) e no Parque das Nações (14%). No retalho, o produto mais procurado são as lojas de rua, preferidas por 15% dos investidores.

Relativamente ao tipo de investimento, adquirir activos com renda garantida permanece no topo das preferências (36%) dos investidores, que mostram agora também apetência pela aquisição de activos para reestruturar (26%) ou com desocupação (14%), “o que confirma também a adopção de um perfil de risco menos conservador”.

O Barómetro IPD/JLL revela ainda que, além da escassez de produto (com um peso de 19%), a diferença de expectativas entre vendedores e compradores (com um peso de 23%) é identificada como um dos principais entraves ao investimento. Por outro lado, a limitação no financiamento também preocupa os investidores (18%).

Fonte: Construir/JLL

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