14 maio 2016

Lisboa. Escassez de produto de qualidade pressiona subida das rendas prime nos escritórios


De acordo com o relatório Office Marketview da CBRE, no primeiro trimestre de 2016 foram ocupados em Lisboa, 33.386 m2 de espaços de escritórios, com a conclusão de 46 transações. Esta atividade reflete um decréscimo de 15% relativamente ao trimestre anterior mas um aumento de 13% quando comparado com o período homólogo. A expansão de área e a instalação de novas empresas representou apenas 33% dos negócios do primeiro trimestre, contra 67% de mudança de instalações.



No que respeita a stock novo, apenas um edifício foi concluído este trimestre, no Lagoas Park, Corredor Oeste, com uma área de 4.900 m2. Este é o único edifício de construção especulativa que estava previsto para 2016. 


A taxa de disponibilidade continua a decrescer, estando atualmente nos 10,8%, enquanto a renda prime se manteve estável na maioria das zonas de escritórios de Lisboa, com exceção do Parque das Nações e do Corredor Oeste. 

Para Cristina Arouca, Diretora de Research da CBRE, "A absorção de escritórios deverá manter o ritmo positivo revelado nos últimos trimestres, ainda que limitado pela escassez de espaços. A falta de oferta de qualidade, com áreas de grande dimensão irá incentivar a celebração de contratos de pré-arredamento, quer em novos edifícios quer em espaços reabilitados. O único projeto especulativo atualmente em construção, e com conclusão para 2017, está praticamente arrendado na totalidade, e dois outros edifícios de escritórios em construção estão a ser desenvolvidos à medida dos respetivos inquilinos, ambos sociedades de advogados."

Em consequência da escassez de oferta, prevê-se um aumento das rendas prime na maioria das zonas, nomeadamente Área de Expansão, Centro Histórico, Parque das Nações e Corredor Oeste, principalmente se ficarem disponíveis espaços de boa qualidade.

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