17 junho 2016

Aumenta fosso entre valores de renda pedidos e o que os inquilinos querem pagar


Os valores médios de oferta e procura de arrendamento continuam a ter grandes diferenças em Portugal, em particular em Lisboa e no Porto, onde as variações podem ser de mais do dobro. Os números da APEMIP referentes a maio revelam um contexto em que a oferta de casas para arrendamento permanente terá caído 33% nos últimos 5 anos em Portugal, passando dos 90.000 fogos de 2011 para cerca de 60.000 hoje em dia, o que gera uma pressão ascendente sobre as rendas, que já terão subido entre 30% a 40% em algumas zonas centrais, nomeadamente de Lisboa.


Os dados mostram que no distrito de Lisboa o valor médio de oferta é de 1.104 euros, enquanto que o valor máximo da procura é de 600 euros. Já no Porto, a oferta média é de 1.056 euros e o valor máximo pesquisado de 461 euros. 

Aveiro, Açores, Madeira ou Viana do Castelo são algumas das regiões que registam variações menos acentuadas. Por oposição, Coimbra, Portalegre ou Vila Real registam valores de procura superiores aos de oferta. 

No distrito de Lisboa, os concelhos de Lisboa, Cascais e Oeiras têm os valores de oferta mais elevados, de 1.210, 1.025 e 925 euros, respetivamente, que se contrapõem a valores de procura de 612, 700 e 446 euros, respetivamente. Os valores de oferta mais baixos no distrito são registados no Sobral de Monte Agraço, em Loures e na Azambuja. 

Em Lisboa, os bairros mais caros, em termos de oferta, são as Avenidas Novas, Misericórdia, Parque das Nações, Santo António e Campolide, com valores médios de renda entre os 1.325 euros no caso de Campolide e Santo António e os 1.836 euros no caso das Avenidas novas. 

Já no Porto, os valores de oferta mais elevados registam-se no concelho do Porto, com uma média de 1.185 euros, em Matosinhos, com 990, e em Santo Tirso, com 850 euros. No entanto, os valores mínimo e máximo das procuras para o Porto variam entre os 311 e os 555 euros. Por oposição, Felgueiras, a Trofa e Valongo têm os valores de oferta mais baixos do distrito, de 225, 335 e 410 euros, respetivamente. Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde é a zona que pede arrendamentos mais caros, com um valor médio de 1.691 euros, por oposição aos 471 euros de Campanhã.

Fonte: VI

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