27 junho 2016

Maio trouxe aumento das expectativas sobre preços e vendas de casas


Os resultados do RICS/Ci PHMS de Maio de 2016 mostram que a confiança no mercado de compra e venda atingiu o máximo dos últimos 12 meses com os respondentes a atualizar em alta as suas expetativas de curto-prazo relativas a preços e vendas. No mercado de arrendamento, a escassez da oferta e a forte procura continuam a impulsionar o crescimento das rendas.


Focando no mercado de compra e venda, a procura voltou a crescer ao longo do mês. Enquanto os agentes de mercado reportaram um ritmo de crescimento muito semelhante ao de abril, os promotores notaram um aumento significativo no interesse dos compradores. Entretanto, as novas instruções de venda caíram em maio, após um ligeiro aumento em cada um dos últimos quatro meses. Ao mesmo tempo, as vendas acordadas registaram uma forte subida no Algarve, mantendo o ritmo de crescimento em Lisboa, sendo que no Porto se mantiveram relativamente inalteradas. Não obstante, espera-se que o volume de vendas suba em todas as três regiões ao longo dos próximos três meses.

Para Ricardo Guimarães, Director da Ci, “A recuperação do mercado está a expandir-se geograficamente e a tornar-se mais forte. Do lado da procura verifica-se uma tendência bastante positiva. Esta tem sido conduzida por um aumento dos vistos gold e pelo acréscimo de novos empréstimos. O problema começa a ser a falta de oferta de casas para venda. Após vários anos sem construção não existem habitações de qualidade disponíveis, o que está também a impulsionar a subida dos preços.”

O reforço da atividade no mercado de compra e venda continua a pressionar os preços das casas para uma subida em todas as regiões. De facto, após ter começado a recuperar no início de 2015, o indicador relativo a preços encontra-se há já 18 meses consecutivos em território positivo. Quanto às expetativas de curto-prazo, apresentam-se agora mais elevadas que em qualquer outro ponto desde que o inquérito foi lançado em 2010. Assim, apesar de para os próximos 12 meses os respondentes continuarem a prever um aumento dos preços das casas em torno dos 3%, já num prazo mais longo, relativo aos próximos 5 anos, o crescimento dos preços esperado acelera para uma média de 4% ao ano.

O indicador de confiança nacional (uma medida composta das expetativas de curto-prazo relativas a vendas e preços) atingiu o máximo dos últimos 12 meses fixando-se em +42 pontos. Tal seguiu-se a uma leitura de +38 pontos registada no último mês. De facto, o resultado de Maio apresentou-se como o segundo mais elevado nos 6 anos de história do inquérito.

No mercado de arrendamento, a procura por parte dos arrendatários voltou a crescer ao longo do mês embora e um ritmo mais moderado que o observado em Abril. Ao mesmo tempo, a oferta por parte dos proprietários caiu significativamente. Como resultado, as rendas continuam a subir e a expetativa é de que cresçam ainda mais nos próximos três meses.

Segundo Simon Rubinsohn, Economista Sénior do RICS, “Apesar de a taxa de desemprego ser bastante mais baixa que há um ano atrás, o ritmo de crescimento do emprego desacelerou recentemente e a recuperação da economia apresenta-se modesta. Por ora, parece que as condições financeiras serão a chave para sustentar mais melhorias no mercado imobiliário.”

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