09 agosto 2016

Malparado em máximos na habitação e em mínimos de sete anos no consumo


O crédito em incumprimento continua a crescer no crédito à habitação, atingido o valor mais elevado de sempre. No consumo, o crédito em incumprimento desce. O montante de crédito vencido nos empréstimos à habitação atingiu o valor mais alto de sempre em Junho, segundo dados do Banco de Portugal, divulgados esta terça-feira, 9 de Agosto.


O valor em incumprimento neste segmento teve uma subida mensal de 70 milhões de euros para 2.629 milhões de euros, batendo o valor máximo que tinha sido atingido em Novembro de 2014. Também a relação entre o valor em incumprimento e o total de crédito à habitação em "stock" bateu máximos, subindo para 2,7%.


Apesar da subida do malparado na habitação, no crédito ao consumo a tendência foi diferente, atingindo o valor mais baixo dos últimos anos. Em Junho, o valor do crédito ao consumo em incumprimento situou-se abaixo de mil milhões de euros, segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal. Teve uma queda mensal de 80 milhões de euros para 967 milhões. Desde Junho de 2009 que o montante do malparado neste segmento não estava abaixo daquela fasquia. Chegou a atingir um máximo de 1.585 milhões de euros em Março de 2013.

Também a proporção do crédito ao consumo em incumprimento no "stock" total dos empréstimos deste segmento desceu. O rácio de malparado era, no final de Junho, de 7,6%, o mais baixo desde Junho de 2010. E compara com a proporção máxima atingida de 12,3%, em Março de 2013, mês em que o malparado no consumo atingiu o pico.

No total de crédito a particulares, que além da habitação e do consumo inclui também um segmento de empréstimos para outros fins, o valor do malparado ficou estável, registando uma descida mensal de quatro milhões de euros para 5.122 milhões de euros, o equivalente a 4,3% do crédito total. 

Fonte: Negócios

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