25 outubro 2016

Investimento imobiliário global cresceu 0,5% em junho de 2016


Apesar de uma certa instabilidade nos mercados devido à incerteza causada pelo Brexit, às eleições presidenciais dos Estados Unidos e ao conflito na Síria, o mercado global de investimento imobiliário cresceu no 0,5% no último ano. Contudo, os investidores procuram cidades mais “seguras” para os seus capitais, segundo a última edição do estudo Winning in Growth Cities publicado pela Cushman & Wakefield.


O estudo anual da consultora, que analisa a atividade do investimento imobiliário em todo o mundo listando as cidades mais atrativas, revela que entre junho de 2015 e junho de 2016, as 25 principais cidades do ranking atraíram 53,3% do investimento global, em comparação com os 52,7% do ano anterior. A maior concentração de capitais nos mercados core reflete a incerteza vivida nos mercados de capitais, que voltam a dar maior destaque aos ativos e geografias com menos risco.

Nova Iorque manteve a liderança com o maior volume de investimento em imobiliário refletindo a confiança no mercado norte-americano que contou com 15 cidades no top 25. A Europa por seu lado garantiu apenas 4 cidades na lista comparando com as 6 do ano passado, e a Ásia contou com 5.

Na Europa registou-se uma quebra acentuada no investimento em Londres que terá sido consequência numa primeira fase dos elevados preços que se praticavam e mais recentemente da vitória do Brexit. No entanto, a Europa continental continua a ter um peso preponderante nos mercados mundiais, com cidades como Paris, Berlim ou Amsterdão a garantirem um lugar no top 25 dos principais mercados. 

Ainda que em menor escala, Lisboa tem vindo a ganhar peso no mercado de investimento imobiliário mundial, contando já com uma importante presença de investidores não europeus. De entre os 1.400 milhões de euros transacionados em imobiliário comercial na região entre junho de 2015 e junho de 2016, 26% corresponderam a investimento não europeu, com origens tão diversas como a América do Norte, Tailândia ou Singapura. 

O estudo analisa também os fatores que podem contribuir para a atratividade das cidades no mercado de investimento imobiliário mundial. Se é certo que um dos mais preponderantes, a escala económica, é dificilmente contornável numa estratégia de marketing territorial, outros fatores que também contam com um grande impacto nas decisões de investimento imobiliário podem ser alvo de estratégias concertadas por parte das autoridades locais. Estes são as infraestruturas tecnológicas, as ligações aéreas, a qualidade de vida ou a atratividade para as populações mais jovens.

Neste âmbito Lisboa iniciou há já vários anos um caminho claro na persecução de uma melhor imagem à escala mundial e tem vindo a colher mais recentemente os frutos desta estratégia. Num ranking mundial de apenas 50 cidades, Lisboa consegue garantir algumas posições, como é exemplo das ligações aéreas, com Lisboa a ocupar a 39ª posição ou da qualidade de vida, na qual Lisboa ocupa o 41º posto.

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