08 novembro 2016

A ‘nova’ Alcântara e outros megaprojetos


Obras estiveram paradas durante anos e agora estão de volta. Um dos projetos mais emblemáticos custa 145 milhões de euros e vai substituir as polémicas Torres de Siza Vieira em Lisboa. O que é que se pode fazer num terreno com 4,3 hectares, em Alcântara, de frente para o rio Tejo, 24 anos após ter sido adquirido por um dos maiores grupos imobiliários nacionais?


A primeira solução veio do gabinete do arquiteto Siza Vieira, em finais de 2003. Previa a construção de três edifícios com 105 metros de altura, ligeiramente mais altos que o tabuleiro da ponte 25 de Abril. Contestado desde o primeiro momento quer pela junta de freguesia de Alcântara quer por alguns vereadores da Câmara de Lisboa, então presidida por Pedro Santana Lopes, o projeto acabaria por cair pouco tempo depois.

Pedro Silveira, presidente do grupo SIL, promotor deste projeto (através da sua participada Silcoge), diz que ele próprio e o seu grupo de trabalho pertencem a uma espécie em vias de extinção: “São 24 anos de trabalho. Não somos especuladores mas sim investidores de longo prazo. Já ninguém faz isto hoje em dia, investir em prazos temporais de décadas.”

Volvidos 13 anos, eis que de três torres – que libertavam perto de três hectares para a área pedonal – se passou para 11 prédios de sete e oito pisos. O projeto de urbanização é agora do arquiteto Valsassina e a primeira fase, que contempla a construção de edifícios de escritórios, vai arrancar já em meados do próximo ano.

O grupo liderado por Pedro Silveira tem ainda outro megaprojeto que deverá ter início em 2018. Fica em Algés, perto da foz do rio Jamor e está orçado em 250 milhões de euros. Prevê uma marina, um hotel, zona comercial, escritórios e também habitação num total de 95 mil metros quadrados de áreas a construir.

Mas são vários os empreendimentos imobiliários que começam agora a movimentar-se, após anos de espera por melhores dias no sector, tanto na zona da Grande Lisboa como no Porto.

O Braço de Prata, em Lisboa, promovido já em 1998 pela construtora Obriverca e que acabaria por nunca passar do papel, é um dos mais avançados neste momento, com as obras das infraestruturas e acessos já a decorrerem desde fevereiro. O projeto, da autoria do arquiteto Renzo Piano, está agora nas mãos do Novo Banco e da Caixa Geral de Depósitos, e a primeira fase deverá estar já concluída no segundo trimestre de 2017.

Fonte: Expresso

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