09 novembro 2016

“Maior projeto imobiliário da Baixa do Porto”: Bonjardim vai arrancar no terreno


Desenvolvido por dois fundos imobiliários geridos pela Interfundos, do Millennium bcp, este projeto de usos mistos vai intervir numa vasta área da Baixa do Porto. O projeto do Bonjardim, que se propõe requalificar uma importante área no quarteirão da antiga Casa Forte, na Baixa portuense, concluídas que foram as demolições, vai arrancar com nova fase de trabalhos no terreno, avançou ao Público Imobiliário José Maria Cunha, administrador da Interfundos.


Esta sociedade gestora de fundos subsidiária do Millennium bcp está a desenvolver este projeto através de dois fundos imobiliários que gere, nomeadamente o AF Portfólio Imobiliário e o Imopromoção – Portuguese Real Estate Development Fund, constituindo-se como uma das entidades que primeiro apostou na reabilitação urbana no Porto. 


De acordo com aquele responsável, nas próximas semanas terá início a fase de escavação e contenção periférica deste empreendimento. Caracterizado como “o maior projeto imobiliário a ser desenvolvido na Baixa do Porto”, o Bonjardim situa-se numa área próxima à avenida dos Aliados e junto ao Mercado do Bolhão, contemplando 28.500 m2 de áreas residenciais, comércio e hotelaria e prevendo ainda um parque de estacionamento subterrâneo com uma oferta total de 560 lugares. Globalmente, o projeto deverá estar concluído apenas em 2022, prevendo-se um desenvolvimento faseado. “Estão previstas várias fases de edificação”, explica José Maria Cunha, que detalha que “haverá uma primeira fase que será concluída em 2018” e que as restantes dependerão também “da resposta do mercado”, garantindo, contudo, que a edificação acontecerá “sempre até ao limite máximo de 2022”. 

Nova praça marca projeto

Uma das características mais marcantes do projeto será a “nova praça de dimensões relevantes”, que incluirá uma área comercial e em torno da qual se desenvolvem os edifícios acima do solo que estão previstos. Este novo espaço de fruição permitirá criar “qualidade de espaço urbano”, defende José Maria da Cunha, que explica ainda que o parque de estacionamento comum integrado no projeto se localizará sob a referida praça. 

Habitação quer atrair famílias para o centro 

Outro fator de diferenciação do Bonjardim é a oferta habitacional, que “está pensada para famílias”, numa das zonas onde mais tem pontuado o investimento em projetos residenciais com tipologias de menor dimensão e produtos bastante direcionados para o alojamento turístico. Já o Bonjardim pretende atrair famílias que “queiram morar numa das melhores ruas residenciais do Porto - nomeadamente a rua de Sá da Bandeira -, com todas as condições de conforto e qualidade de uma habitação contemporânea”, diz José Maria Cunha. Uma das apostas do projeto para materializar esta oferta é a disponibilização de apartamentos com “dimensões, tipologias e estacionamento superiores às que têm sido oferecidas ao mercado”, diz aquele responsável, sublinhando que “a maioria dos prédios edificados recentemente tem fortes limitações à dimensão dos apartamentos que se podem criar”, limitações essas que “não existem neste projeto”, garante. 

Quanto à oferta comercial existente no Bonjardim, a intenção é captar retalho não alimentar, até tendo em conta “a utilização qualificada dos apartamentos”. Moda, decoração de casa e equipamentos para o lar são áreas de retalho com interesse para estas lojas, mas “veremos como o mercado reage ao projeto em concreto”, considera o administrador da Interfundos. As perspetivas são animadoras, tendo em conta que “os anos mais recentes têm demonstrado um dinamismo na reabilitação e requalificação urbana do Porto que está em linha com os cenários que foram estabelecidos quando foi tomada a decisão de se investir na Baixa do Porto” comenta José Maria Cunha. A renovação do Mercado do Bolhão – já em marcha - todo o fenómeno de turismo urbano e também o crescente interesse dos portugueses pelo Centro do Porto, cuja reabilitação tem criado uma nova centralidade, são fatores que prometem impulsionar a procura de imóveis em toda a zona.

Fonte: Público Imobiliário

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