25 novembro 2017

Interesse dos investidores vai gerar aumento dos preços dos imóveis nos próximos meses


Prevê-se para os próximo três meses um aumento no volume e preço de transação nos setores residencial, comércio/ serviços e hoteleiro, associado a uma maior estabilidade nas taxas de rentabilidade dos diversos setores, destaca a consultora Deloitte, na 3ª edição do estudo “Portuguese Real Estate Investment Survey”. Isto, porque os agentes do setor imobiliário em Portugal revelam, no terceiro trimestre de 2017, a intenção de reforçar a sua estratégia de investimento (44%), em detrimento de outras estratégias, como a gestão de portefólio (31%) ou o desinvestimento (25%).


“Na perspetiva das entidades que pretendem investir, a estratégia passa cada vez mais pela aposta em ativos ‘value added’ (69%), com a expectativa de que, a longo prazo, consigam aumentar os fluxos gerados por esses ativos. Contrariamente, os ativos classificados como ‘opportunistic deals’ ou ‘core’ perdem importância na intenção de investimento”, destaca a Deloitte.

Jorge Marrão, partner e líder do setor de Real Estate da Deloitte, alerta que “o estudo indica que o investimento na indústria imobiliária atingiu o seu ponto alto. Associada a uma visão mais otimista na captação de fundos, os profissionais abdicam de manterem os seus portefólios, acreditando estarem perante uma conjuntura única na história do imobiliário, que lhes trará os benefícios associados”.

Acrescenta que “o objetivo é submeter esses ativos (‘Value Added’), por exemplo, a beneficiações ou reposicionamentos de mercado. Desta forma, é provável que possam cobrar rendas mais elevadas, aumentar as taxas de ocupação e atrair inquilinos de maior qualidade.

Nestas condições, o incremento da rentabilidade não tardará a chegar. Com a maximização do seu potencial, o passo seguinte é a venda destes imóveis, nesta fase altamente valorizados, para financiar novos investimentos.”

Ainda de acordo com o estudo, as principais fontes de financiamento para a aquisição de imobiliário no próximo ano serão a banca e os fundos soberanos (38% cada). Relativamente à origem do financiamento, será maioritariamente europeia (75%) e norte-americana (63%), com a Ásia e o Médio Oriente a representar 31% e 25%, respetivamente. Na ótica das entidades que pretendem desinvestir, os fundos de fundos (50%) e as companhias de seguros (43%) são apontados como os principais compradores de imobiliário em Portugal, sendo que a estratégia de desinvestimento atual passará essencialmente pelos ativos Core, e no futuro, passará pela alienação de ativos Core e ativos Value added.

Quanto aos valores de avaliação atribuídos aos imóveis pelos avaliadores externos, os inquiridos afirmam que refletem o justo valor dos ativos (43%) ou que os mesmos se encontram ligeiramente sobreavaliados (29%), mas em linha com as alterações do mercado. Cerca de 36% consideram, no entanto, que as avaliações realizadas não permitem antecipar as tendências do mercado.

INFOGRAFIA DAS PRINCIPAIS CONCLUSÕES DO ESTUDO DA DELOITTE


Fonte: Vida Económica/Deloitte

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