A Associação Nacional de Proprietários (ANP) afirmou esta quarta-feira que «nenhum idoso carenciado será despejado» no âmbito da revisão do regime de arrendamento urbano e lamentou o «impasse legislativo» no setor, como adianta a agência Lusa.
Os proprietários deram garantias de que não haveria lugar ao despejo de idosos de baixos recursos e que a renda das famílias com rendimentos inferiores a 500 euros nunca ultrapassaria 10% desse valor, ou seja, 50 euros.
«Só por má-fé pode ser interpretado como aumento selvático das rendas», pode ler-se na nota divulgada à imprensa, numa altura em que continuam no Parlamento as novas regras para o arrendamento.
A ANP refutou a ideia de que «a pressão exercida por inquilinos que, pagando há longos anos uma ridicularia pela renda de casa», seria o motivo para impedir obras de reabilitação. O que a associação criticou foi o facto de inquilinos que «pretendem continuar a impedir a reabilitação do património construído».
Segundo a ANP, essa posição impossibilita, o «surgimento, em zonas centrais das cidades, com rendas acessíveis, de casas para famílias jovens, que desta forma possam reanimar o casco antigo das cidades portuguesas».
«A associação considera uma afronta o pôr em causa o despejo rápido dos inquilinos caloteiros e rejeita igualmente a defesa da hospedagem praticada por inquilinos que pagam ao senhorio rendas minúsculas e alugam quartos a 250 euros», defenderam os proprietários.
Para manter as condições de habitabilidade, os proprietários consideram que é preciso «o quanto antes, que as rendas sejam corrigidas para patamares realistas».
Fonte: Agência Financeira
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