13 maio 2012

Mercado de fusão vai fazer nascer uma nova cidade no Martim Moniz

Os acordos ainda estão em fase final, mas o futuro é fácil de prever para José Rebelo Pinto, 37 anos. O administrador da empresa NCS já tem planos para o início de junho: quer fazer nascer uma nova cidade na praça do Martim Moniz, em Lisboa.

O projeto de dez quiosques abertos de 2ª a domingo - ocupados por dez projetos diferentes de comida do mundo - faz parte da dinamização da praça lisboeta e da reabilitação da zona que une o Martim Moniz, o Intendente e a Mouraria.

José Rebelo Pinto não é novo nestas andanças: há nove anos, foi dele a ideia das 5ª feiras no Jamaica (bar do Cais do Sodré), que passou a receber o projeto "Chocolate Flavour". Rebelo Pinto acredita que esse foi o primeiro passo para a revitalização daquele bairro junto ao rio que, agora, é um dos sítios mais concorridos da noite lisboeta.

Do projeto do "Mercado de fusão" fazem parte dez restaurantes diferentes, abertos todos os dias da semana das 11h às 22h e, aos fins de semana, das 11h à meia-noite. Os quiosques vão ser servidos por uma praça central com 300 lugares sentados e vão beneficiar ainda, durante os fins de semana, de um mercado com 36 stands (3x3 metros), abertos das 10h às 19h e que incluem lojas como a El Dorado, a Skunk Funk ou a florista Flor. Além das marcas reconhecidas, no mercado vão entrar também pequenos negócios dos bairros envolventes e que ajudarão a divulgar as culturas que tornam a Mouraria um sítio "pleno de diversidade". "Não é tanto a ideia do mercado do artesanato, mas de uma galeria de negócios", explica José Rebelo Pinto.

Para criar um espaço de diversidade, a empresa que terá a concessão da praça durante dez anos (foi a única a candidatar-se e a apresentar projeto, há cerca de dois meses), estabeleceu contactos com mais de 50 embaixadas, empresas e associações para estabelecer as parcerias. "A ideia não é só tornar a praça étnica nem misturar um pouco de toda a gente, mas juntar o projeto à requalificação do bairro e trazer-lhe sangue novo, um toque de modernidade. Não queremos trabalhar só a praça, queremos fazer crescer uma nova cidade dentro da cidade", esclarece.

E, se dez quiosques 7 dias por semana e um mercado de fim de semana ainda não chegam para uma visita, saiba que há mais. Vai haver um palco para workshops, debates, gastronomia, teatro e concertos. Não fosse a empresa concessionada a fundadora do conhecido festival OutJazz.

Fonte: Dinheiro Vivo

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.