Também neste aspecto, ao implementarem nos seus mercados locais os sistemas de trabalho integrados dessas redes de franquia, empresários e profissionais imobiliários irão encontrar respostas às suas necessidades e legítimas expetativas. Mas se as redes de franquia imobiliária de origem norte-americana aportam marca global, marketing, formação profissional, tecnologia adequada à partilha de informação e serviços imobiliários inovadores, para que venham a obter sucesso irão ter de produzir “massa cinzenta”. A base do sucesso empresarial dessas redes de franquia no Brasil como em qualquer outro canto do Mundo, irá passar pela partilha dessa “ massa cinzenta” por toda a organização, pelo seu perfil de liderança, pelo alinhamento de todos os seus membros em função de objetivos individuais e coletivos quantificáveis e pela adaptação e aperfeiçoamento local da cultura organizacional global dessas marcas. Existem elementos comuns a todas essas culturas empresariais como os seus valores. Valores, aquilo que coletivamente é considerado e aceite como bem e mal, e que se refletem nas relações internas entre os membros dessas redes e no relacionamento dessas organizações com os destinatários da sua comunicação. Valores assumidos e interiorizados por todos os seus membros e que possam contribuir para esse esforço coletivo mais geral, de maior profissionalização do mercado imobiliário residencial no Brasil. Quem olha de fora para o mercado imobiliário brasileiro fica impressionado com a sua grandiosidade, na medida em que esse olhar se costumiza, encontra um enorme potencial de crescimento.
E esse enorme potencial começa por estar no mercado F.S.O.B. (For Sell By Owner). Muitos milhares de potenciais vendedores e compradores de imóveis no Brasil ainda não encontraram resposta satisfatória para suas necessidades, motivações e aspirações, na atual oferta de serviços imobiliários. Muitos milhares de potenciais vendedores e compradores de imóveis no Brasil, ainda não confiam suficientemente nas competências e soluções apresentadas pelos operadores imobiliários. Esse será o primeiro e gigantesco desafio das redes de franquia imobiliária no Brasil, arrastar empresários e profissionais desse setor de atividade da sua zona de conforto e transformar mercado potencial em real. Enquanto isso na Europa, prossegue a navegação à vista, sem rumo e sem comandantes que assumam o leme. À deriva , prossegue a expiação das culpas; endividamento excessivo dos Estados e das Famílias, a desregulamentação financeira, a ganância do capital financeiro e as “bolhas” imobiliárias.
À deriva, continuam a ser lançadas pistas para as cimeiras que se seguem; reforço do capital do BEI (Banco Europeu de Investimento) e do Fundo Europeu de Garantia de Depósitos , capacitação do F.E.E.F. (Fundo Europeu de Equilibrio Financeiro) para que possa recomprar dívidas soberanas, reprogramação dos Fundos Estruturais não utilizados e Eurobonds. Por cá, quando economistas e politólogos são confrontados na televisão e noutros fóruns de debate com uma antevisão do que poderá vir a acontecer, a resposta invariavelmente é: _ “ toda a vez que a Europa é colocada contra a parede, ela reage”!. “- Se acertarem, é inevitável” é um conselho deste lado do oceano, que tarda em ser escutado.
Por Jorge Garcia, Especialista em Imobiliário
Fonte: Casa Sapo
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