06 junho 2012

EDIFÍCIOS AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEIS



Por Ana Vidal Andujar*

O termo reabilitação urbana entrou-nos casa dentro e está a dar uma cara nova a imóveis que em nada contribuíam para a paisagem ou para a economia local. Hoje é rara a rua ou artéria urbana que não tenha algum edifício em recuperação. Porque recuperar implica fazer escolhas desde o primeiro momento, é deveras importante ter presente que é possível “transformar” um edifício tradicional num ambientalmente sustentável, com baixos níveis de consumo energético. Contudo, é também em períodos de crise como o atual que o investidor privado deseja poupar com segurança. Investir em imobiliário poderá ser uma opção. Um investimento que poderá surgir por via da aquisição para reconstrução ou do fazer de novo. Se a opção for em torno da reconstrução, a valorização é fundamental e, por isso, deseja-se retirar sempre o máximo do imóvel.

Um máximo que é diferente de país para país e que, por exemplo, em Espanha tem levado ao desinvestimento e a que os edifícios fiquem abandonados. Em Portugal, é a burocracia o maior inimigo à recuperação de imóveis. Enquanto isso, em França, existe, desde há muito, um caminho de recuperação de imóveis. O conceito de bairro, que agrega tudo aquilo o que é contemplado na palavra “eco”, tem cada vez mais adeptos. Defensora dos edifícios sustentáveis, a Bouygues Imobiliária desenvolveu, a partir do conceito UrbanEra, o programa Ginko, que agrega uma nova ideia de bairro: o eco-bairro. Localizado na margem do Lago Bordeaux, o eco-bairro Ginko é parte integrante de uma abordagem mais ampla de desenvolvimento sustentável.

Um mix de soluções que permite antever que, dentro de uma década, o novo bairro, que é servido por três estações de elétrico, terá cerca de 6 mil a 2150 unidades habitacionais, centros de lazer e desporto, dois a três complexos escolares, 30 mil m2 de espaço de escritório, 25 mil m2 de lojas e um parque com cerca de 4,5 hectares.

Pensado desde a conceção, o ecobairro prima, tal como o Green Office, pela eficiência energética e utilização de energias renováveis, em particular.

Neste momento, o primeiro eco-bairro localiza-se em França, e, após a conclusão, irá incluir uma rede de aquecimento alimentado por fontes de energia renováveis. O abastecimento doméstico de água quente será assegurado pela rede de aquecimento e painéis solares térmicos. A eletricidade será produzida a partir de painéis fotovoltaicos. A redução das emissões de gases deefeito estufa é outro objetivo para o Ginko. Aqui, a meta é alcançar uma redução de quatro vezes na emissão de CO2 de uma família de quatro membros no bairro, em comparação com uma habitação convencional. Uma redução conseguida por via da eficiência energética dos edifícios e a utilização de fontes de energia renováveis.

O incentivo aos futuros moradores para que utilizem os transporte públicos ou verdes é outro objetivo deste complexo, que promete estar pronto no próximo ano.

* Diretora-geral para a Península Ibérica na Bouygues Imobiliária

Fonte: OJE

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