Várias destas casas, abertas desde o pequeno-almoço até às 2h, vão ter refeições fora de horas, dos bifes aos petiscos, passando pelos gelados e pelos cachorros quentes.
Para o Outono ficou prometido um museu que tem como ponto forte uma animação 4D do terramoto de 1755, com solavancos e tudo.
Já o torreão oposto – onde se localizava a Bolsa de Lisboa até 1994 – vai servir para a realização de eventos públicos e privados, bem como de exposições.
Na inauguração dos novos espaços o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, explicou que estas instalações resgatadas aos ministérios estavam há muito fechados e sem uso, ou então “serviam de garagens e de depósito de móveis antigos”. Aos bocadinhos, o município foi-os ocupando, descreveu o autarca: “Primeiro ocupámos o Pátio da Galé, gentilmente cedido pelos CTT em 2008 para a exposição dos 250 anos da Baixa. E nunca mais de lá saímos. Depois fomos ocupando outros espaços, a pouco e pouco”.
A estratégia de ocupação camarária para devolver aos cidadãos os locais há muito tomados pelos serviços centrais do Estado não terminou: António Costa contou como quer tornar visitável o Arco da Rua Augusta e a doca da Marinha, junto à estação Sul e Sueste. A pretensão não se adivinha fácil nem num nem noutro caso. O arco, com uma panorâmica de quase 360 graus no seu topo, está sob a égide da secretaria de Estado da Cultura, tendo a câmara projectos para instalar um elevador no seu exterior, uma vez que o único acesso ao monumento se faz por uma estreita escada em caracol. Já a doca pertence à Marinha, que a usa sobretudo como parque de estacionamento de veículos automóveis. As negociações da autarquia ainda não chegaram a bom porto nem num nem noutro caso.
A cargo da Associação de Turismo de Lisboa, a reconversão da ala nascente do Terreiro do Paço hoje inaugurada ficou em nada menos de dez milhões de euros, três dos quais gastos no chamado Lisbon Story Center, o centro interpretativo dedicado à história de Lisboa que inclui a recriação do terramoto. Três dos sete milhões foram suportados pelos concessionários dos restaurantes e restantes equipamentos. Um dos restaurantes, uma cervejaria com vários tipos de cerveja, como a angolana Cuca, inclui um museu dedicado à história da bebida.
Fonte: Público
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