A crescente cautela por parte dos ocupantes tem resultado no abrandamento da procura para naves industriais e a absorção para o total do ano 2012 deverá ficar 20% abaixo do registado no ano passado. Esta tendência é ainda visível no enfraquecimento dos principais indicadores da atividade industrial.
«Apesar das perspetivas mais atenuadas para os mercados europeus de produção, a procura para naves modernas e de grande dimensão deverá manter-se acima desta tendência, a longo-prazo, à medida que os ocupantes continuam a procurar a otimização da cadeia de distribuição e realinham estratégias para ir ao encontro dos requisitos dos clientes», comenta Vincent Lottefier, Chief Executive, EMEA Corporate Solutions da Jones Lang LaSalle.
Contudo, a oferta de unidades modernas e de grande dimensão com disponibilidade imediata é agora bastante menor do que a registada há cerca de um ano. Associado às perspetivas de uma promoção especulativa limitada, isto quer dizer que o leque de oferta deverá contrair-se ainda mais ao longo do ano, particularmente nos principais polos logísticos da Europa. Em resultado, os ocupantes serão cada vez mais pressionados para se comprometerem com a qualidade ou a localização, ou com unidades feitas à medida em condições menos flexíveis.
O cenário é um pouco mais otimista para os ocupantes que procuram espaço industrial na Europa Central e de Leste. A escolha permanece mais alargada na maioria dos mercados e os perfis de rendas são mais atenuados quando comparados com as principais localizações da Europa Ocidental. Ainda assim, os níveis de stock moderno continuam a ser bastante mais baixos do que os da Europa Ocidental e, além disso, mesmo que a procura tenha abrandado nos primeiros meses do ano, o ritmo deste abrandamento foi menor naquela zona da Europa. Por isso, a dinâmica da procura irá reduzir o leque de escolhas na Europa Central e de Leste nos próximos meses.
A procura na região EMEA permanece bastante baixa fora da Europa. Ainda assim, as empresas multinacionais estão cada vez mais atentas aos mercados do Médio Oriente, devido à disponibilidade e baixo custo da mão-de-obra, bem como para servir os mercados consumidores locais. Esta tendência é visível no número de novas promoções que estão a emergir - principalmente nas cidades da Arábia Saudita com forte vocação industrial e económica, bem como na expansão continuada dos polos logísticos globais dos Emirados Árabes, impulsionada pelas atividades portuárias em torno de Jebel-Ali (Dubai) – enquanto os lotes industriais de grande dimensão (com mais de 10.000 m²) estão agora escassos no Dubai.
Fonte: VI
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