27 setembro 2012

Já faliram duas mil empresas de construção até Agosto


construção
Cerca de duas mil empresas ligadas ao setor da construção entraram em falência desde janeiro deste ano, revela hoje a FEPICOP - Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas.

A análise ao setor da construção assinala que o peso deste setor no Produto Interno Bruto atingiu o valor mais baixo dos últimos 18 anos e que o montante das obras a concurso nos primeiros oito meses de 2012 caiu 56 por cento, correspondendo a uma perda de 1,3 mil milhões de euros.


Já as adjudicações efetuadas no mesmo período também registaram uma quebra homóloga de 52,3 por cento (905 milhões de euros).

A FEPICOP salienta que o licenciamento de fogos para habitação caiu 33 por cento, em termos homólogos, nos primeiros sete meses do ano, e 90 por cento, em termos acumulados, desde 2000.

Numa nota que acompanha a análise às últimas estatísticas relacionadas com a atividade da construção, a FEPICOP afirma que "já não há palavras que descrevam a situação de crise que atinge o setor".

Prova disso, destaca, é o facto do número de desempregados oriundos da construção ter atingido o máximo histórico de 96.442 pessoas em julho, correspondendo a 15,9 por cento do número total de desempregados inscritos nos centros de emprego.

"No conjunto, todos os indicadores observados pela Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas na sua mais recente análise de conjuntura retratam um setor em que a única tendência de aumento detetada é a da sua deterioração", reforça a entidade.

A FEPICOP salienta ainda que o consumo de cimento caiu cerca de 25 por cento durante os primeiros oito meses de 2012 e que, de acordo com dados divulgados pela Comissão Europeia, "os empresários portugueses da construção mantêm um acentuado pessimismo quanto à evolução do setor em Portugal".

Fonte: iOnline

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