23 setembro 2012

Mudar e adaptar - palavras de ordem!


É verdade que a atual conjuntura sócioeconómica tem vindo a delimitar as ações de individuais e empresariais, mas há que saber tirar proveito da crise. Exemplo disso é o mercado de escritórios. Nos tempos que correm, existem oportunidades e as empresas devem aproveitar! 

O nosso trabalho passa por aconselhar, acompanhar e criar condições para que as empresas possam mudar de instalações ou simplesmente reduzir área. Posso assegurar que existem condições na oferta para poupanças garantidas.


Os receios relacionados com os custos ou justificação de uma mudança são uma realidade e devem ser tidos em conta, principalmente quando é necessário justificar. O "problema" da imagem, do que esta transmite aos colaboradores, clientes e fornecedores, é outro fator a ponderar. Esta última questão é extremamente delicada e exige muita reflexão. Já me deparei com situações em que não se realizou um negócio simplesmente por causa da imagem que iriam ou poderiam passar, apesar da poupança ser garantida.

Quando se pondera uma mudança de instalações ou uma redução de área, há que ter em conta o seu objetivo. Quer isto dizer que é importante definir-se as necessidades efetivas dentro da área contratada, tendo em conta o número de atuais colaboradores e futuros, a evolução das áreas de negócio dentro de cada empresa/organização, e tentar sempre aumentar a flexibilidade das áreas contratadas e, com isso, a eficiência das áreas em questão. Por exemplo, um espaço pode ter a mesma área mas pode ser melhor aproveitado, não fazendo assim sentido continuar-se a apostar em espaços muito compartimentados e com gabinetes de exagerada dimensão. Quanto menos área se contratar, menor vai ser o custo fixo mensal como rendas, serviços e consumos - posso referir que o rácio de um edifício novo para um usado pode ir até cerca de 20%. Conclui-se então que uma mudança estratégica e ponderada resulta em poupanças garantidas, rendas competitivas, espaço eficiente (melhor aproveitamento da área), consumos mensais mais reduzidos, e ainda a eliminação de barreiras de comunicação.

Neste momento, temos uma elevada oferta no centro de Lisboa. Estamos a verificar o regresso de muitas empresas ao centro da capital. Temos o exemplo das empresas de call centers, que estão a libertar as suas instalações da zona do Corredor Oeste ou fora de Lisboa para regressar ao centro da cidade, muito devido aos transportes públicos e a uma maior facilidade na contratação dos seus colaboradores (com mais qualificações) e ainda graças aos projetos que estas empresas têm ou pretendem ter, e como tal, as instalações são um ponto importante.

Continuamos a assistir a novas tendências do mercado que são importantes frisar, como:
  • A diminuição da construção especulativa devido às elevadas taxas de desocupação
  • A reabilitação de edifícios no CBD e Prime CBD
  • Uma maior flexibilização das negociações entre proprietários e inquilinos com grande ênfase nos maiores períodos de carência 
  • Uma pressão descendente das rendas, com a renda prime a situar-se nos 18,00 euros/m2/mês
  • A manutenção do nível reduzido de atividade do mercado com número reduzido de operações
  • A continuação do desequilíbrio entre oferta e procura, prevendo-se que a taxa de desocupação permaneça elevada, embora a redução do pipeline tenha um efeito estabilizador na mesma
  • A previsão de ajustamentos na renda prime e renegociações em baixa de contratos pré-existentes, pelo que se prevê que as rendas se mantenham em níveis historicamente baixos.
É sabido que o nível de dinamismo do atual mercado de escritórios é bastante menor que o registado nos últimos anos, encontrando-se fortemente condicionado pela conjuntura económico-financeira do País e internacional, mas tal pode ser visto como algo "benéfico",
se for bem explorado e aproveitado.

Mudar e adaptar devem ser palavras de ordem!
Por Pedro Salema Garção - Head of Agency da Worx

Fonte: OJE

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