Este arquiteto português que estudou na Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa, uma das escolas, de um conjunto de escolas portuguesas e estrangeiras, onde leciona, mostrou como a inteligência portuguesa nesta arte está na primeira linha e é capaz de inovar sem renunciar às suas raízes.
Esta invulgar capacidade é uma enorme vantagem para o nosso imobiliário e faz com que os portugueses sejam reconhecidos no estrangeiro entre a elite que constrói e reconstrói cidades reinventando-as como espaços de cidadania cada vez mais confortáveis para quem neles reside.
Hoje, o imobiliário e construção encontram-se a braços com algumas dificuldades, é certo, mas é também certo que os profissionais e agentes do setor têm capacidade de unir esforços, estabelecendo ligações úteis que permitam a rentabilização das estruturas. Na atual alteração de paradigma que vivemos, da migração da construção nova para a reabilitação de imóveis, este desígnio deve ser aproveitado pelos profissionais, através da inovação e design de qualidade inquestionável, que transformarão uma construção sem grande relevância arquitetónica e degradada num edifício moderno.
Portugal pode e deve apresentar-se no estrangeiro, também nesta área do imobiliário, como um país de oportunidades sérias e seguras para o investimento, e não como aquele velho país mais africano do que europeu, com tiques ainda medievais, imagem que num passado relativamente recente ainda era a que dominantemente deixávamos transparecer.
Quem assim sabe reabilitar também sabe preservar o valor do que construiu, sem as tentações especulativas que geram bolhas, e sabe aproveitar um imobiliário de qualidade como o nosso em refúgio seguro para investimentos que a volatilidade de certos produtos financeiros tornou órfãos e em verdadeira trave mestra para ofertas como as do turismo residencial de qualidade.
O imobiliário português integra a solução para as vicissitudes que atravessamos mas não como eterna árvore fiscal das patacas ou a ser artificialmente desvalorizado por quem já dele muito dependeu mas agora nem o seu nome quer nomear.
Luís Lima - Presidente da APEMIP
Artigo publicado no dia 28 de Setembro de 2012 no SOL
Fonte: APEMIP
Fonte: APEMIP
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