23 outubro 2012

Crédito às famílias caiu 4799 milhões em 12 meses


Os empréstimos dos bancos às famílias caíram 4799 milhões de euros nos últimos 12 meses, enquanto os depósitos nos bancos caíram num valor quase idêntico, menos 4386 milhões de euros, avança o relatório do banco de Portugal divulgado ontem.

As famílias têm menos crédito junto dos bancos, mas também menos depósitos. No crédito malparado, os particulares são responsáveis por 4977 milhões de euros, sendo que o malparado no crédito à habitação subiu para 2186 milhões de euros. Os dados são do Boletim Estatístico do Banco de Portugal e foram publicados ontem.


Os empréstimos dos bancos às famílias caíram em agosto pelo sexto mês consecutivo, fixando-se em 136 017 milhões de euros. Face a julho, os empréstimos aos particulares caíram 0,34%, enquanto em relação ao mesmo mês do ano passado a queda foi mais significativa, de 3,41% ou 4799 milhões de euros. O crédito concedido aos particulares caiu em todas as rubricas: habitação (para 111 041 milhões), consumo (para 13 745 milhões) e outros fins (para 11 232).

A maior queda na variação mensal foi para os empréstimos ao consumo, que cederam 0,89%, enquanto a habitação se ficou por uma queda de 0,29% e outros fins 0,74%.
Também na variação anual, face a agosto do ano passado, o maior recuo no crédito concedido é para os empréstimos destinados ao consumo, mas, neste caso, de 8,51%, seguido do crédito destinado a outros fins (5,37%). Na habitação, os empréstimos concedidos pelos bancos em agosto cederam apenas 0,97%.

Nas empresas, os empréstimos cederam, entre julho e agosto, 0,77% para 108 515 milhões de euros. Face a agosto de 2011 a queda foi de 6,66%.

Quanto ao crédito malparado, os dados de agosto já tinham sido conhecidos. Nesse mês, o crédito de cobrança duvidosa atingiu 15,6 mil milhões de euros, batendo máximos tanto nos empréstimos às famílias como às empresas.

Fonte: OJE

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