05 outubro 2012

IMI: a «surpresa» mais desagradável


O Imposto Municipal sobre Imóveis promete ser a maior das surpresas desagradáveis para os contribuintes: com o fim da cláusula de salvaguarda, que impedia aumentos acima dos 75 euros, os agravamentos serão substanciais. Estamos a falar de subidas do IMI na casa dos 400 ou 500 por cento. Ou até mais.

A cláusula de salvaguarda destinava-se a proteger os contribuintes de aumentos muito grandes do IMI e, se conjugarmos o fim desta salvaguarda, com a reavaliação dos imóveis, então a combinação promete ser explosiva.

Veja-se um exemplo: para uma casa localizada em Lisboa, com um valor tributário de 20 mil euros, o IMI a pagar por esta habitação, foi de 135 euros. Mas se a casa for reavaliada para um valor real de mercado de 200 mil euros, e como deixa de existir qualquer travão, o imposto vai subir 700 euros anuais. É um aumento de 420%.

No caso da cidade do Porto, as coisas ainda serão piores, porque a câmara municipal optou por taxas de IMI mais elevadas do que em Lisboa.

Uma casa com um valor patrimonial tributário de 20 mil euros, paga 140 euros de IMI.

A mesma habitação, se for reavaliada para 200 mil euros, mais de acordo com o valor de mercado, vai ter que pagar 800 euros por ano de IMI. É uma subida de quase 500 por cento no Imposto Municipal sobre Imóveis.

A única salvaguarda será para as famílias de baixos rendimentos, aquelas que ganham menos de cinco mil euros por ano, o que não chega a 400 euros por mês.

Fonte: AF

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