06 outubro 2012

Profissão de arquitecto enfrenta a “pior crise de sempre”


A profissão de arquitecto atravessa, tanto quanto há memória, a mais grave crise de sempre, por falta de oportunidades, trabalho e encomendas, o que tem como resultado uma situação de praticamente paragem de grande parte dos ateliers ou dos profissionais envolvidos, sobretudo, na área de projectos, mas também todos aqueles que estão ligados ao sector da construção”. A garantia foi dada esta quinta-feira pelo presidente da Ordem dos Arquitectos, atestando a paralisia que o sector atravessa.


Em entrevista à Rádio Renascença, João Belo Rodeia revela que são muitos os profissionais que estão a optar por deixar o país em busca de oportunidades de trabalho, tendo a Ordem iniciado um estudo sobre a situação na profissão.

Rodeia adianta que pelos dados já conhecidos é possível constatar que a Alemanha e a Suíça são destinos Europeus para onde têm emigrado os arquitectos portugueses, sendo que olhando para outros continentes, o Brasil e Angola surgem no topo.

“O Estado é possuidor de uma grande carteira de imóveis, muitos deles desocupados, grande parte deles nos centros das cidades e poder-se-ia, a partir deles, criar um programa público que, de algum modo, espoletaria um processo de encomenda de projectos”, sugere o presidente, lamentando que o Governo não tenha atendido às sugestões apresentadas pela Ordem.

“Temos feito imensas propostas, que nós acreditamos serem viáveis sem grandes custos e que evitariam a perda de ‘know-how’, a perda de conhecimentos adquiridos e, portanto, esta espécie de indigência e emigração forçadas a que os arquitectos são sujeitos”, sublinha.

Fonte: Construir

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.