18 outubro 2012

Vítor Catarino, CEO do grupo Catarino: “Queremos continuar a desenvolver empreendimentos de habitação”



Segundo entrevista dada ao jornal OJE, a Ramos Catarino Brasil, está focada no desenvolvimento de empreendimentos de habitação para a classe média brasileira que já supera 50% da totalidade da população.



Quando entrou a construtora no Brasil? Como foi feita a abordagem ao mercado? 
A Ramos Catarino Brasil (RCB) foi constituída em 2001, marcando o início da internacionalização do grupo Catarino, que, atualmente, se estende a outros países.
Numa primeira fase do processo de internacionalização, a Ramos Catarino Brasil atuou, essencialmente, enquanto prestador de serviços de construção, tendo angariado uma vasta carteira de importantes clientes - tais como Vivo, Itaú, Bradesco, Carrefour, Lojas Americanas, Banif, Decathlon, Unilever, Sonae Sierra, Ipiranga (petróleos), Sesc, Grupo Pestana, Hotel Vila Galé Marés, tendo chegado a operar em Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. Posteriormente, e com a redefinição do seu Plano Estratégico, a empresa focalizou-se apenas em Salvador e na promoção imobiliária de empreendimentos residenciais.

Que negócios tem atualmente neste país?
Temos, neste momento, dois empreendimentos em construção para serem concluídos no próximo ano, o Natura Jardim e o Condomínio Reserva Tropical e mais dois em fase de lançamento de vendas, com conclusão prevista para 2014.

O que representa o Brasil no vosso volume de faturação?
A operação Brasil representa 4% no volume de faturação do grupo Catarino. A faturação global da operação Brasil ascendeu a 4 800 000 euros em 2011.

Há algum aspeto positivo ou negativo a destacar no que respeita aos pagamentos?
Nada de muito diferente a assinalar. A volatilidade normal de clientes que ascenderam à nova classe média e que, esporadicamente, se sobreendividam, devido ao reduzido planeamento financeiro. Mas nada de relevante no volume total de vendas que fazemos.

Quais são, do vosso ponto de vista, os pontos fortes e fracos deste mercado?
Algumas das dificuldades sentidas prendem-se sobretudo com a aculturação das empresas a este mercado. Complexidade tributária, lei trabalhista, burocracia processual, especificidades culturais - eis alguns dos fatores a ter em devida conta.
Por outro lado, é um país que está em construção e que ainda tem muito por fazer: infraestruturas rodoviárias, ferroviárias, portuárias, habitação, modernização industrial, etc., gerando oportunidades em diversos setores de atividade.

Quais são as vossas perspetivas de crescimento no Brasil?
A Ramos Catarino quer continuar a desenvolver empreendimentos de habitação, focados sobretudo na classe média. Este é o nosso principal público alvo, dado o grande crescimento que tem tido nos últimos anos e dado o grande défice habitacional que ainda sente.
Relembro que a classe média brasileira já supera 50% da totalidade da população e tem uma capacidade de consumo que se enquadra nos índices do G20, sendo este o nosso principal vetor de crescimento.

BI do grupo Catarino
Faturação em 2011: cerca de 108 milhões de euros
Faturação no estrangeiro em 2011: cerca de 18 milhões de eruos (Brasil e Espanha)
Brasil representa 4 % na faturação da empresa: 4,8 milhões de euros
Número de trabalhadores (total): são 537
Brasil representa cerca de 20% empregos: 109 funcionários
Número de países onde a empresa tem negócios: 6 - Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Moçambique e Brasil

Fonte: OJE

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