Os bancos não param de receber imóveis de empresas e particulares que deixam de pagar os créditos. Só no terceiro trimestre de 2012 foram entregues 1.100 imóveis, o que se traduz num aumento de 9,9% face aos três meses anteriores e a tendência é para continuar a crescer. Este é o flagelo do momento do sector bancário. E e em regra são imóveis desvalorizados e difíceis de transaccionar. Os bancos recebem-nos avaliados ao valor do balanço, as imparidades a registar são por isso enormes, o que obriga os bancos a constituir elevadas provisões.
Um estudo comparativo, cujo mote foi lançado por Fernando Ulrich na apresentação de resultados do BPI, permite verificar que o BES é o banco que tem a maior carteira de imóveis por recuperação de crédito (ao todo dois mil milhões de euros em Junho) e uma das mais baixas cobertura das imparidades (9%). Outro banco que tem uma baixa cobertura das imparidades dos imóveis recebidos por dação em pagamento é o Banif SGPS, que em Junho tinha uma taxa de cobertura de 4,4%.
No pólo oposto, isto é, os bancos com melhor taxa de cobertura das imparidades dos imóveis recebidos para saldar dívidas, são o BPI e o Santander Totta. O BPI em Junho tinha 151 milhões de euros de imóveis fruto de recuperação de crédito e provisões para imparidades constituídas no montante de 59 milhões o que se traduz numa cobertura de 39%. Imediatamente a seguir surge o banco liderado por António Vieira Monteiro. O Totta tinha uma carteira de imóveis no montante de 208 milhões e uma cobertura de 63 milhões (um rácio de 30%).
Fonte: Económico
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