16 novembro 2012

Governo espanhol vai usar casas da banca para realojar vítimas de despejo


O decreto-lei ontem aprovado em conselho de ministros prevê, nomeadamente, a criação de um "parque habitacional" com rendas baixas para quem for desalojado.

O Executivo de Mariano Rajoy aprovou ontem um decreto-lei com medidas urgentes sobre as execuções hipotecárias, incluindo impedir despejos a famílias com um rendimento anual inferior a 19.200 euros e criar um "parque habitacional" com rendas “sociais” para quem for alvo de uma execução hipotecária.


Um dos pontos mais salientados pela imprensa espanhola é precisamente o da criação de um "parque de casas destinadas ao arrendamento", com uma renda "baixa e razoável" para quem seja desalojado.

Hoje, o “Expansión” sublinha que essas casas vão ser as que a banca dispõe – e são muitas as que as instituições financeiras têm em carteira devido aos milhares de despejos que accionaram nos últimos anos, no decurso dos processos de incumprimento no pagamento do crédito à habitação.

Recorde-se que estas medidas urgentes foram ontem aprovadas num contexto de crescentes suicídios em Espanha devido aos despejos (ver artigo). Ontem mesmo, devido à pressão popular – com dezenas de manifestantes em protesto – foi paralisado um processo de execução hipotecária em Valência, que iria colocar na rua uma mulher de 36 anos e a sua filha, diz o “El País”.

Ontem, o “El Mundo” revelou também o “drama da crise” na primeira pessoa, ao publicar o testemunho da jornalista e escritora espanhola Cristina Fallarás, actualmente alvo de um processo de execução hipotecária, numa peça intitulada “Llega mi desahucio” [Chegou a hora do meu despejo].

Fonte: Negócios

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