02 dezembro 2012
EUA serão mercado preferencial para aumento do investimento imobiliário em 2013
O mais recente Global Investor Sentiment Survey concluiu que a região preferencial para um aumento do investimento mundial em 2013 consiste nos EUA, seguido pela Ásia e pela Europa Ocidental, “em particular Londres, Paris e algumas cidades alemãs”.
Este estudo, publicado pela Colliers International, recorreu à opinião de investidores privados e institucionais que representam “uma ampla fatia do investimento imobiliário global” e que se debrucaram sobre “o futuro global e regional do investimento imobiliário nos próximos 12 meses e nos próximos anos”.
Segundo o inquérito, as cerca de 500 respostas de investidores permitiram vislumbrar vários indicadores que “indiciam um sentimento algo mais optimista, com diversos planos de expansão, para 2013, e migração de fundos para oportunidades de investimento offshore”. Por outro lado, os principais obstáculos aos planos de expansão apontados são a “falta de qualidade no stock e as dificuldades de financiamento”.
“Os maiores investidores estão cada vez mais críticos na selecção das localizações dos seus investimentos. Esta tendência é evidente no inquérito que fizemos”, declarou o director-geral da Colliers International no Reino Unido e na Irlanda, Tony Horrell.
O mesmo responsável explica que “os investidores privilegiam as localizações mais próximas da sua sede e, quando consideram oportunidades internacionais, são bastante mais selectivos nos mercados e sectores objecto do seu interesse”.
Horrell acrescentou ainda que “o inquérito também permite concluir que o custo do financiamento continuará a ser um problema em muitos países, particularmente na EMEA (Europa, Médio Oriente e África), com a manutenção de rigorosas exigências para conceder crédito”, uma tendência que abriu “a porta a novos investidores, sob a forma de seguradoras, por exemplo, e o ressurgimento dos financiamentos mezzanine”.
O estudo concluiu que o volume de investimento “deverá continuar a crescer lenta, mas sustentadamente, nos mercados ocidentais, em 2013” e que as oportunidades de investimento “serão cada vez menores, à medida que os investidores se concentram num reduzido número de localizações estratégicas”.
A nível mundial, a preferência dos investidores recaiu fortemente no sector de escritórios, “contudo, nos EUA e na América Latina, optam preferencialmente pelo sector industrial, enquanto que, na Austrália, Canadá e Nova Zelândia, manifestaram um interesse crescente pelo investimento em centros comerciais”.
Os mercados da região EMEA continuarão “a ter muitas dificuldades no acesso ao crédito em 2013”. Os investidores asiáticos “são aqueles que terão maior apetência para aumentar o seu nível de endividamento, enquanto que os investidores na América Latina evitarão aumentar a sua dívida”, conclui o estudo.
Fonte: Construir
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