A renda média nos escritórios da baixa da capital angolana pode chegar aos 175 dólares/m2/mês (131 euros), cerca de 7,5% acima da melhor renda na zona prime de Lisboa, a Av. da Liberdade, revela a Prime Yield/Proprime.
Os valores mais recentes para escritórios novos na baixa (CBD) de Luanda, em Angola, indicam uma yield de 17%, o dobro da melhor localização de Lisboa, uma renda mensal/mês a oscilar entre o s 120 e os 175 dólares (90 e 131 euros), com uma média de 140 dólares (105 euros).
Na zona Cidade e Praia do Bispo, a renda média está nos 115 dólares/m2/mês (86 euros/m2/mês), enquanto, em Luanda Sul, os escritórios têm rendas médias de 105 euros/m2/mês (79 euros) e yields de 19%. A Prime Yield/Proprime justifica os preços elevados com a instalação de mais multinacionais, empresas estrangeiras e locais, e ainda com a ocupação pelo próprio Governo angolano. Francisco Barros Virgolino, diretor da Proprime, antecipa para Luanda uma estabilização de rendas dentro de quatro a cinco anos, altura em que a oferta deverá aproximar-se da procura.
Na habitação, o mercado angolano tem dos valores mais altos do mundo. Na zona de Ingombota, os apartamentos apresentam um valor médio de 6500 dólares/m2 (4877 euros/m2), enquanto na zona de Luanda Sul/Talatona as moradias têm valores médios de 5183 dólares/m2 (3890 euros/m2). A consultora avança que o centro de Luanda/baixa permanece uma das áreas mais procuradas, dispondo de edifícios de grande dimensão. Talatona é uma das zonas em grande expansão, caracterizando-se pela procura de condomínios residenciais, onde existem também projetos para hotéis e escritórios.
Em termos de hotelaria, os preços em Luanda continuam elevados, com a média diária de 280 dólares (210 euros) para hotéis de 3 estrelas, subindo para os 430 dólares (323 euros) nos de 4 estrelas e para os 500 dólares (375 euros) nos de 5 estrelas. A taxa média de ocupação está nos 85%. Ao longo deste ano, deverão abrir novas unidades de referência, sobretudo para responder à indústria do turismo, em crescimento. O país tem registados 155 hotéis, com apenas três de 5 estrelas: o Hotel das Convenções de Talatona, o Hotel Vitória Gardens e o Epic Sana Luanda Hotel.
A consultora salienta que os fundos de investimento imobiliário vão aumentar a aposta no mercado imobiliário, depois da aprovação da Lei da Alienação Fiduciária, a par da operacionalização da modalidade de Renda Resolúvel.
A Proprime anunciou, entretanto, que, com base no novo enquadramento jurídico aprovado pelo Governo angolano em 2011, desenvolveu uma metodologia de avaliação e reavaliação de imóveis (está previsto, para 2012, o arranque da entidade reguladora do mercado financeiro, a Comissão de Mercado de Capitais - CMC). A empresa, que resulta a associação entre a Prime Yield e a Progest em Angola, declara que é a primeira registada na CMC com habilitação para realizar avaliações de ativos integrados ou a integrar o património de fundos de investimento imobiliário, um instrumento que dá agora os primeiros passos no país. Francisco Barros Virgolino sublinha que "os fundos de investimento imobiliário em Angola irão, com certeza, potenciar o crescimento" do setor, "exigindo, ao mesmo tempo, uma maior profissionalização e contribuindo para uma maior transparência". Acrescenta que "sermos a primeira empresa reconhecida vai permitir-nos aportar o know how para um mercado que está agora a dar os primeiros passos de forma estruturada e acompanhar os clientes que pretendam expor-se a um setor tão promissor e com tantas oportunidades".
Fonte: OJE
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