24 janeiro 2013

Lisboa é a 2.ª cidade europeia com menos receitas por quarto disponível


Em 2012, Lisboa foi a segunda cidade, a seguir a Zurique, mais afetada nas receitas por quarto disponível. Já Dublin, Praga e São Petersburgo são as que mais cresceram.


Esta é uma das conclusões do estudo "European Cities Hotel Forecast 2013 - Thriving or Surviving", realizado pela PwC, com a colaboração da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) e da Associação Turismo de Lisboa (ATL), e que compara, pela primeira vez, o desempenho da hotelaria de Lisboa com a de 18 cidades europeias, entre elas Barcelona, Edimburgo, Londres, Paris ou Viena (assente numa amostra de cadeias internacionais direcionadas para o turismo médio/alto, que abrangeu mais de 650 mil quartos e 850 mil milhões de chegadas internacionais, confrontando taxas de ocupação, RevPAR - receita por quarto disponível e ADR - taxa média diária). 

O grande volume de turismo nas 19 cidades analisadas foi intraeuropeu, tendo-se verificado uma contração generalizada nas taxas de ocupação, exceto no Leste, em cidades como Moscovo, São Petersburgo ou Praga. Contração que se tem verificado com maior expressão nos destinos do sul do velho continente.

No ano passado, Lisboa registou, no entanto, um aumento de dormidas e de hóspedes, sobretudo do mercado russo, brasileiro, alemão, francês e holandês. "Crescemos em termos de dormidas internacionais, mas temos dificuldade em subir as receitas dos hotéis", "aspeto que temos de trabalhar", afirmou Mário Machado, presidente da AHP, na apresentação do estudo. 

Em 2013 não vai haver crescimento no setor hoteleiro. Ricardo Sousa Valles, strategy & operations senior manager na PwC, afirma que as cidades analisadas "vão continuar dependentes do turismo europeu e todas têm um outlook mais cinzento". Escapam a este cenário "a Rússia e o Reino Unido". A situação económica "vai afetar os planos de viagens dos europeus, que gostariam de viajar mais". Não havendo crescimento, "a concorrência pelos mesmos clientes será intensa". Pelo que, conclui, "o grande desafio é a fidelização".

Fonte: OJE

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