26 janeiro 2013

Ranking europeu diz que Portugal tem das casas mais baratas


O portal imobiliário internacional Property Guide considera que Portugal tem das casas mais baratas da Europa. De acordo com um estudo da APEMIP, baseado nos últimos dados deste portal, de junho de 2012 a janeiro de 2013, Portugal caiu nove lugares no ranking que analisa os preços da habitação por m2 na Europa, colocando-o em 35º posição numa lista de 38 países. 

De acordo com a APEMIP, este ranking - que tem como base imóveis com cerca de 120 m2 localizados nos centros mais importantes de cada país - coloca Portugal apenas acima de países como a Macedónia, Bulgária e Moldávia com preços de 1.741 euros/m2. Menos que os 2.330 euros/m2 praticados em junho de 2012.


O presidente da APEMIP, Luís Lima, critica fortemente os dados do portal Property Guide e para o dirigente, esta desvalorização surpreende pela negativa, até porque noutros países também em crise já se registaram valorizações dos preços por m2. É o caso de Espanha, onde os preços subiram de 4.022 para 4.683 euros/m2.

Segundo Luís Lima, “há cerca de um ano conseguimos demonstrar que os preços praticados em Portugal eram já dos mais baixos da Europa", pelo que "esta quebra não pode ser, de todo, baseada naquilo que deveria ser o normal funcionamento do mercado, mas sim na pressão que se verifica por parte de especuladores, para que os preços baixem injustificadamente”.

O presidente da APEMIP acredita que "há quem esteja a insistir na desvalorização do património imobiliário português, em prol dos interesses de capitais estrangeiros que tendem a aproveitar fragilidades alheias para multiplicar lucros, promovendo a desvalorização forçada do nosso património imobiliário", pode ler-se num comunicado enviado hoje às redacções.

“Como se justifica que entidades como a Fitch tenham afirmado, como fizeram há dias, que os preços do imobiliário em Portugal têm que baixar ainda mais 13%? Forçar a desvalorização do nosso património é perigosíssimo, e pode ser um autêntico barril de pólvora não só para o imobiliário, como para a economia nacional", repara Luís Lima.

Para o dirigente, "o mercado imobiliário português não precisa de corrigir preços em baixa, pela simples razão de não ter havido especulação imobiliária, como se verifica na análise comparativa com os outros países europeus”. 

Fonte: Dinheiro Vivo

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