Os inquilinos acusam Assunção Cristas de não respeitar os idosos e de já o ano passado ter ficado pela ideia de criar um subsídio de apoio.
A Associação de Inquilinos Lisbonenses (AIL) considera que a nova lei do arrendamento está a impedir os idosos de morrerem em paz e que a criação de um subsídio de rendas não é suficiente.
"A nova lei do arrendamento é uma lei mata-velhos. Revela que a ministra não respeita os idosos", disse António Machado, membro da direção da AIL.
António Machado acusa Assunção Cristas, ministra do Ordenamento do Território, de já no ano passado ter falado nessa possibilidade, mas "tudo não passou de palavras".
A ministra disse terça-feira, no Parlamento, que estava a ser estudado um subsídio de renda destinado aos idosos com dificuldades, depois de passado o período transitório da lei das rendas, ou seja, para daqui a cinco anos.
"Daqui a cinco anos?"
"Em cinco anos muita coisa acontece. Mas quem diz que a senhora ministra ainda cá está daqui a cinco anos?! Daqui a cinco anos muitos dos idosos que precisam de ajuda já cá não estão", acusa. Para o representante da Associação de Inquilinos Lisbonenses é necessário "revogar a lei e fazer outra mais justa".
O dirigente considera que a nova lei está a impedir os idosos de morrerem em paz. "As pessoas chegam aqui aterrorizadas, com aumentos de renda maiores do que as reformas que recebem."
Já Magda Fonseca, da comissão de inquilinos das Avenidas Novas, diz que os arrendatários dos bairros da zona já pediram a Assunção Cristas o alargamento do período de transição para a atualização das rendas.
"Pedimos para passar de cinco para 15 anos, assim ao menos dá-nos tempo para morrer. Não estamos na situação de pedir um subsídio, mas não conseguimos pagar mais", disse ao Expresso Magda Fonseca.
Fonte: Expresso
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