13 fevereiro 2013

Procura de casa para arrendar anima mercado de Matosinhos


A venda de casas em empreendimentos novos, com financiamento garantido, atrai clientes finais. Na cidade a procura para arrendamento é bastante significativa.

Na cidade de Matosinhos, especialmente nas zonas junto do mar, a procura de casa para arrendar é superior à oferta disponível. Este facto leva a que os valores das rendas não apresentem quebras muito significativas e sejam, curiosamente, superiores aos valores contratados na vizinha Foz, concelho do Porto, onde a oferta aumentou significativamente nos últimos meses. 

De acordo com Rui Cavalheiro Júnior, da Rui Cavalheiro Imobiliária, são variados os tipos de clientes que procuram arrendar uma casa em Matosinhos, que beneficia atualmente de boas infraestruturas viárias, acessos mais facilitados e arranjos urbanísticos modernos. Contudo, a procura é, também, alimentada pelos clientes sazonais, especialmente casais do Norte do país, que gostam de passar alguns períodos do ano nesta cidade.

Na opinião de Rui Cavalheiro, que trabalha especialmente o segmento médio alto, a grande oferta de casas na zona da Foz do Douro devese ao facto de muitos proprietários que tinham as casas fechadas, terem alterado esta filosofia a partir do momento em que houve a atualização do IMI (Imposto Municipal de Imóveis) e os valores subiram substancialmente. 

Neste momento, um apartamento de tipologia T2, na primeira linha de mar de Matosinhos, atinge facilmente os 850 a 900 euros, enquanto o T3 ronda os 1200 euros.

Embora ainda haja alguns empreendimentos novos que se encontram em fase de vendas, concluídos há quatro ou mais anos, a verdade é que os encargos financeiros que ligam os promotores às instituições financeiras não permitem que sejam colocados no arrendamento. Estes promotores optam, na maioria das vezes, por vender por preços 20% a 30% abaixo dos valores praticados inicialmente, desvalorizando o produto imobiliário. 

Só alguns optam por colocar as frações novas no arrendamento, sendo visível que, em alguns casos, celebram contratos de arrendamento com opção de compra, à espera que o cliente venha a ter condições para concretizar a aquisição.

Exigência no arrendamento

Se até há três ou quatro anos atrás um cliente, que pretendia arrendar, fi cava satisfeito em ver duas ou três casas, optando por uma delas, agora já não é assim.

Nesta altura a opção pelo arrendamento passou a ser uma solução para vários anos e o cliente é mais exigente na escolha. Na opinião de Carlos Prezado, gerente da Vila Azul, uma mediadora com larga tradição no arrendamento, “os clientes agora escolhem mais”. Na sua opinião, não ficam satisfeitos em ver duas ou três opções.

Contudo, na sua opinião, a concretização das operações de arrendamento está muitas vezes dependente da redução dos valores de renda, referindo casos de imóveis onde pediam 800 euros e acabam por baixar para 500 euros ou mesmo 400 euros.

De acordo com os dados do Confidencial Imobiliário (CI) no concelho de Matosinhos existem mais de mil frações em oferta para o arrendamento, sendo que 340 estão localizadas na freguesia sede do concelho.

Vendas exigem empenho

Embora, no último ano, seja evidente uma redução das vendas de habitação, Dinis Fraga, gerente da Frontal, considera que com grande empenho e um maior esforço “vão-se fazendo algumas vendas”. 

Na sua opinião, a maior disponibilidade dos promotores em baixar os preços e o facto de os projetos terem o apoio financeiro do banco que financiou a construção, permite que um maior número de casais tenha possibilidade de conseguir os empréstimos.

No caso do concelho de Matosinhos, a Frontal está a comercializar um conjunto de três empreendimentos novos onde tem conseguido concretizar vendas, tanto a investidores, como a clientes finais. É o caso do edifício Urbis, em Custóias, com cerca de meia centena de apartamentos e onde falta vender apenas duas frações. A comercialização decorreu especialmente durante 2012.

Dinis Fraga refere que também no Portas do Porto, localizado em Monte dos Burgos, lado de Matosinhos, de um conjunto de 30 apartamentos estão, neste momento, vendidos 60%. Num outro empreendimento, do mesmo promotor do Portas do Porto, em 10 meses a Frontal vendeu 30 frações.

Fonte: Público

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