O edifício D. Carlos I foi convertido num empreendimento de habitação, mas que preserva os elementos arquitetónicos de outra época. O grupo Intergaup - Gabinete de Arquitetura, Urbanização e Planeamento - concluiu recentemente o projeto de reabilitação do palacete histórico localizado na Avenida D. Carlos I, em Lisboa.
O projeto é candidato ao prémio Vasco Vilalva da Gulbenkian, um prémio anual destinado a assinalar intervenções exemplares em bens móveis e imóveis de valor cultural que estimulem a preservação e a recuperação do património. A recuperação do palacete do final do séc. XIX teve como objetivo a sua reconversão num imóvel histórico e moderno, num ambiente único e exclusivo.
Trata-se de uma obra que resulta de um exaustivo processo de estudo que resultou “num compromisso entre a manutenção de todos os elementos tradicionais do edifício e uma arquitetura contemporânea”, refere Gonçalo de Lima Mayer, responsável e autor do projeto.
O edifício conta com uma área total que ronda os 1.600 m2, apartamentos entre 175 m2 e 460 m2, e tipologias entre os T2 e os T4+2. É composto por quatro pisos acima do solo para habitação, uma cave para estacionamento e logradouro. Apresenta seis frações para habitação e na garagem existem 17 lugares de estacionamento e seis arrecadações.
O edifício em causa resulta de uma aposta estratégica do grupo Intergaup na dinamização da reabilitação urbana. “Esta recuperação não só reflete a vontade de criar um novo empreendimento, como também demonstra a paixão pela preservação de elementos de referência arquitetónica de certas épocas, com enorme interesse na nossa história”, refere o mesmo responsável.
Um novo estilo de vida
O edifício D. Carlos I proporciona uma vida diferente, repleta de equilíbrio e comodidade no coração de Lisboa. Foi construído com o máximo de qualidade e rigor, tanto ao nível estrutural como de conforto térmico, sendo que todos os apartamentos obtiveram a classificação energética A+, pelo seu excelente desempenho e qualidade do ar. Em toda a obra, “foi evidente a enorme preocupação com o detalhe e tratamento do pormenor, que caracteriza e personaliza o espaço. Para tal, houve um enorme envolvimento da equipa técnica que procurou a melhor solução de intervenção e desenhou novas peças exclusivamente para este edifício”, salienta Gonçalo Lima Mayer.
Destaca, como exemplo, o restauro dos tetos e das figuras da caixa de escadas, o restauro dos puxadores antigos da porta de entrada, o design do candeeiro, das caixas do correio e do posto de portaria no átrio de entrada e a escolha dos equipamentos de iluminação dos espaços comuns.
Fonte: Público
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