O investimento inglês de 53 milhões de euros com vista à criação de um parque temático de diversões no Bombarral anunciado há anos já tem data para avançar.
Hartley Booth, ex-ministro britânico dos governos de Margaret Thatcher e um dos quatro promotores do projeto, disse à agência Lusa que o parque deverá começar a ser construído dentro de um ano em terrenos da Quinta do Falcão, propriedade da Câmara Municipal do Bombarral junto à autoestrada A8 (Lisboa/Leiria).
Os promotores e a autarquia estabeleceram ontem um acordo, através do qual a Câmara concessiona 38 hectares por um período de 60 anos, recebendo como contrapartidas 200 mil euros de entrada inicial, 100 mil euros de renda anual e uma receita anual de 5% sobre os lucros de exploração.
O promotor responsabiliza-se a assegurar o investimento necessário para construir as acessibilidades ao parque, cujas obras deverão arrancar no final deste ano.
O Parque de Diversões | Temático, a construir pela empresa Sky Towers – Atividades de Lazer, Lda na Quinta do Falcão, representa um investimento de 53 milhões de euros, com capitais privados e financiamento bancário inglês, deverá criar 320 postos de trabalho diretos e outros tantos indiretos.
O parque irá dispor de 28 equipamentos de diversão, além de zonas comerciais, espaços de restauração, sala de cinema 4D, centro de exposições, jardins e caminhos pedonais.
O parque temático, visível a partir da autoestrada A8 (Lisboa/Leiria) deverá atrair 500 mil visitantes e gerar receitas na ordem dos 14,5 milhões de euros por ano.
Apesar dos quatro anos à espera da resolução de procedimentos burocráticos com vista ao licenciamento do projeto, os promotores "estão muito entusiasmados com as oportunidades de negócio".
Além da vantagem que podem tirar da proximidade a Lisboa e dos turistas que a capital atrai, estão confiantes que vão atrair visitantes a 500 quilómetros de distância.
Os promotores revelaram à Lusa que o parque vai ser alusivo à História e ter uma praça central, com tecnologia que permite aos visitantes mudar de cenário.
Os vereadores do PS alertaram hoje em comunicado que o projeto "está a ser mal conduzido pelo executivo camarário do PSD" que, ao fim de quatro anos ainda não licenciou o empreendimento.
O presidente da câmara, José Manuel Vieira (PSD), esclareceu à Lusa que o processo de desafetação dos terrenos da Reserva Agrícola Nacional e de alteração ao Plano Diretor Municipal para adaptar os terrenos aos novos usos "está concluído e aprovado" para ser enviado para a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, de quem tem "uma pré-aprovação".
O autarca sublinhou que "o projeto não vai fugir para Espanha", depois da ameaça dos investidores que, admitiu, aguardam há quatro anos pela concretização do projeto.
O Diretor Regional de Economia de Lisboa e Vale do Tejo, Ricardo Emílio, disse à Lusa que é um "projeto fundamental para o país por trazer investimento estrangeiro e uma nova dinâmica à região".
Fonte: OJE / Tinta Fresca
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