10 abril 2013

Investimento: Yields prime estáveis no início do ano


Com o afastamento do cenário de saída da Zona Euro e o regresso do País aos mercados financeiros no início do ano, começaram a surgir alguns sinais de aumento de confiança no território português.

Verificou-se assim, no primeiro trimestre do ano, um aumento do interesse por parte de investidores, nomeadamente internacionais, pelos ativos imobiliários de Portugal e, consequentemente, uma estabilização nas yields prime ao longo deste período.

Deste modo, em relação a há um ano atrás, continua a registar-se um aumento nas yields prime, com acréscimos de 75 pontos-base nos escritórios e nos ativos de armazéns e logística; e de 25 pontos-base nos centros comerciais. O comércio de rua das zonas prestigiadas de Lisboa manteve-se estável este indicador.

Contudo, nas passadas semanas o cenário voltou a mudar. Com o pedido de resgate de Chipre, paira de novo a incerteza sobre o futuro da Zona Euro e aumenta a desconfiança dos mercados financeiros, com o receio de que o modelo de resgate na economia cipriota possa vir a ser utilizado noutros países europeus. 

O panorama foi muito recentemente agravado em Portugal, com o chumbo pelo Tribunal Constitucional de algumas medidas previstas no Orçamento do Estado de 2013 que colocam em causa o cumprimento do programa de resgate da Troika e o planeado regresso do País às vias tradicionais de financiamento. Esta é uma questão ainda muito recente, e só nas próximas semanas iremos confirmar o seu impacto no mercado de investimento imobiliário nacional.

TAXAS DE CAPITALIZAÇÃO PRIME (YIELD)


Por Cristina Arouca, Associate director na CBRE

Fonte: OJE

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