01 maio 2013

Queda dos preços e arrendamento atraem investidores na Moita


A redução dos preços, que chega a atingir os 40% a 50%, e a maior procura para o arrendamento, são duas das razões que fazem com que os investidores comprem casa. Este é também o caso do concelho da Moita, vizinho do Montijo e do Barreiro, onde a procura de casas com valores entre os 40 mil e os 50 mil euros é grande, destinadas ao mercado do investimento. Na opinião de Jacinto Branquinho, gerente da Markiclass, mediadora com sede no Parque das Nações e lojas no Carregado e Pinhal Novo, “a baixa de preços nas casas abriu um novo mercado para os investidores que aplicam o dinheiro porque a rentabilidade é maior no imobiliário”. 

A maior parte da oferta de casas, com preços até 50 mil euros, é conseguida através dos imóveis da banca. Já os imóveis com valores superiores aos 50 mil euros são comprados por clientes finais e tem como destino a habitação própria.

Segundo Jacinto Branquinho, o aumento da procura de imóveis para arrendamento é uma oportunidade para os investidores rentabilizarem o investimento no imobiliário. “O arrendamento no concelho da Moita está bastante ativo, embora as rendas praticadas tenham de ser baixas”, adverte.

De acordo com os dados da Confidencial Imobiliário, neste momento, a oferta de frações para arrendamento no concelho atinge as 140, sendo que 25 estão localizadas na freguesia da Moita. Os valores médios das rendas praticados são baixos, situando-se nos 3,4 euros o m2, sendo que a yield de oferta atinge os 6,4%.

Outro grupo de clientes que concretiza alguns das vendas são os emigrantes, contudo a procura move-se num conceito diferente. “Procuram, especialmente, quintas e fazem bons negócios, porque os proprietários estão mais sensíveis em baixar os valores”, refere.

Peso dos T2 e T3

O concelho da Moita apresenta uma oferta de fogos de 1290 frações, sendo que 411 se localizam na freguesia sede. É visível que parte significativa dos imóveis são frações usadas – 79,5% nas várias freguesias do concelho – e 76,4% na freguesia da Moita.

As tipologias T2 são as frações dominantes (44%), seguido dos T3 (27,7%).É visível qua a oferta de apartamentos T1 é muito reduzida. 

No caso do concelho representa 5,7% do total, enquanto na freguesia da Moita não ultrapassa os 1,7%.

Em relação ao número de fogos transacionados em 2011, verifica-se que atingiram apenas os 341, sendo o tempo de escoamento médio de 11 meses por cada fração. Assim, o tempo estimado para o escoamento da oferta total existente atualmente é de cerca de cinco anos. 

Aposta na reabilitação urbana

A Câmara Municipal da Moita aprovou, recentemente, o programa municipal de reabilitação urbana, que visa fundamentalmente reforçar as políticas do município nas vertentes da revitalização e reabilitação urbana dos núcleos antigos do concelho. “O objetivo é de, envolvendo diretamente os proprietários, construir uma estratégia duradoira e planificada, de recuperação de habitações e espaço público, através da definição de área de reabilitação urbana, tal como define a legislação aplicável”, adianta a autarquia. Assim, as obras de reconstrução nos núcleos antigos classificados no Plano Diretor Municipal da Moita beneficiam de 50% de redução das taxas aplicáveis.

Além do financiamento comunitário e do orçamento de Estado a prever, “estamos a avaliar as alterações à política de taxas, referente ao imposto municipal sobre imóveis, exatamente para estimular a reabilitação urbana e o povoamento dos núcleos mais antigos do concelho”, adianta. 

Para reforço da capacidade das políticas locais, foi também aprovado um protocolo de parceria com o Instituto Politécnico de Setúbal e Escola Superior de Tecnologia do Barreiro, que possibilitará a partilha e divulgação de boas práticas nesta área.

Investimento na requalificação dos percursos pedonais

A autarquia da Moita tem desenvolvido uma política forte de investimento no espaço público e na sua fruição. Destacam o Programa Municipal de Percursos Pedonais e Cicláveis, cujo horizonte final é qualificar de forma sustentável os percursos e quotidianos da mobilidade das populações. “É disso exemplo o investimento em novos percursos na zona ribeirinha, além da permanente atenção de conservação e remoção de barreiras arquitetónicas. Dispomos ainda de uma política municipal de espaços verdes e jardins públicos, o que possibilita um vasto e enriquecedor espaço público vivido e efetivamente fruído pelas populações, de que são exemplo o Parque José Afonso, na Baixa da Banheira, ou a Praia Fluvial do Rosário”, adianta fonte da autarquia.

Fonte: Público

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