Os resultados do PHMS de Maio não apresentaram grandes melhorias no sector de compra e venda, embora tenham reforçado a impressão de uma dinâmica de mercado menos negativa. Ao mesmo tempo, os dados do inquérito apontaram para uma ligeira recuperação no mercado de arrendamento relativamente a Abril.
No mercado de compra e venda o saldo de resposta relativo a preços melhorou de -45 para -35, isto é, mais 35% dos respondentes reportou quedas em vez de aumentos de preços. Apesar de ser um resultado negativo, é o menos acentuado desde que o inquérito foi lançado em Setembro de 2010.
Entretanto, o índice nacional de confiança - medida composta baseada expectativas relativas a preços e a vendas – manteve-se em -17, embora este seja o melhor resultado que o indicador apresentou desde Outubro de 2010.
O mercado de arrendamento beneficiou durante algum tempo das quebras das vendas, uma vez que as famílias impedidas de aceder a financiamento têm optado por arrendar.
De facto, tanto a procura como a oferta de imóveis para arrendar têm continuado a crescer. As indicações de enfraquecimento da atividade neste mercado dadas pelo PHMS de Abril não se verificaram em Maio. Porém, as rendas continuaram a cair e espera-se que caiam ainda mais nos próximos meses. O padrão de uma atividade de arrendamento crescente acompanhada de uma queda das rendas tem-se verificado em todas as 3 regiões abrangidas pelo inquérito.
Ricardo Guimarães, Director da Ci afirma, “Quer os resultados do Housing Survey, quer os comentários das empresas inquiridas, sinalizam uma melhoria nas expectativas relativas à procura residencial. Contudo o sentimento dominante é ainda determinado pela degradação macroeconómica e os seus reflexos no emprego e no crédito bancário.”
Para Josh Miller, Economista Sénior do RICS, “Os resultados do inquérito de Maio apontam para sinais ainda bastante preliminares de uma tendência de estabilização no mercado de compra e venda. No entanto, nesta fase é ainda prematuro concluir acerca de uma mudança de paradigma do mercado pois os preços continuam a cair e o cenário económico global permanece bastante fraco, com a taxa de desemprego a atingir 17,8%.”
Fonte: Ci/RICS
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