14 junho 2013

Oferta de casas para venda é escassa em Santo Tirso


A oferta de fogos para venda no concelho de Santo Tirso é, atualmente, muito reduzida. De acordo com os dados da Confidencial Imobiliário (CI), neste momento, existem para venda apenas 96 frações, sendo que 37 encontram-se na freguesia urbana do concelho. 
Esta situação é confirmada por Vítor Moreira, diretor da loja ERA Santo Tirso. “Existe pouca oferta de casas novas mas também as usadas, quando aparecem, são logo vendidas”. 

Na sua opinião, esta situação, deve-se à política da autarquia que nos últimos anos não permitiu muita construção nova. Contudo, apesar da procura de casas para venda, também não é muito visível que os promotores estejam interessados em avançar com novos licenciamentos para habitação. “Preferem esperar que a situação do setor apresente outra dinâmica”, considera.

Contudo a instalação recente de um centro de atendimento da PT no concelho fez aumentar a procura de casas para arrendamento por parte dos jovens. Segundo Vítor Moreira a oferta que é colocada neste mercado é logo absorvida.

Verifica-se que mais de metade da oferta de casas para venda é usada (54%), predominando as moradias até T3, com 45%, e as moradias T4 ou superior, com 33%. Contudo os apartamentos T1, (com 1%), T2, (com 5%) e T3 (com 10%), apresentam uma oferta escassa em comparação com as moradias até T3 ou superior. Uma situação que cria dificuldades, especialmente, no mercado de arrendamento, já que a procura incide sobretudo nas tipologias mais pequenas.

Curiosamente a procura de casa acentua-se, especialmente, nos usados, verificando-se que 81% dos clientes preferem estas frações. Na freguesia de Santo Tirso a procura de fogos usados atinge os 87%.

Em 2011 o número de casas vendidas no concelho atingiu as 295, sendo que 106 estavam localizadas na cidade de Santo Tirso.

O tempo de escoamento das frações nas freguesias do concelho de Santo Tirso é de 23 meses, enquanto na cidade a previsão é de apenas um ano.

Incentivos à habitação e reabilitação

A autarquia tem pautado a sua política de apoio à habitação através do investimento municipal na construção a custos controlados de casas para arrendamento (17 núcleos habitacionais, distribuídos por 15 freguesias do município, num investimento de 24 milhões de euros) e, ainda, no apoio a promotores na construção de empreendimentos para venda a preços limitados por portaria (mais baixos que o mercado livre), cerca de 710 fogos e 40 milhões de euros de investimento). Assim para estimular o arrendamento e a habitação própria, em condições de dignidade e valorização do património, a Câmara de Santo Tirso, celebrou com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) diversos protocolos que visam o apoio conjunto às intervenções que se candidatam.

Através do programa RECRIA (apoio a reabilitação de fogos arrendados) ou do Programa SOLARH (apoio a fogos de propriedade própria ou em propriedade horizontal), a autarquia, “ao longo de mais de 16 anos, tem vindo a afetar importantes meios técnico e financeiros, disponibilizando-os aos particulares, como incentivo e apoio à recuperação do património construído”, refere o site do município. Acrescenta, “são mais de 1,9 milhões de euros de investimento e mais de 120 fogos reabilitados com o apoio direto da Câmara Municipal de Santo Tirso”.

Autarquia promove operação de regeneração urbana

“A regeneração urbana entendida e desenvolvida sob os pilares da sustentabilidade e aliando cultura, ambiente, economia e desenvolvimento social, tem sido a prática do município de Santo Tirso”, destaca fonte da autarquia. 

Assim, nos últimos anos, a cidade realizou uma grande operação de regeneração urbana, que privilegiou as margens do Rio Ave. “No seu enquadramento foram concretizados projetos emblemáticos como o Passeio das Margens do Ave, o Parque Urbano de Rabada ou a Nave Cultural e Industrial da Fábrica de Santo Thyrso”, adianta.

A Fábrica de Santo Thyrso, desenvolvida no seu conjunto sob o conceito de quarteirão cultural, começou com a concretização de uma incubadora de base tecnológica, levando a câmara a enveredar pelo apoio ao empreendedorismo, através da Fundação de Santo Thyrso. A incubadora de negócios criativos na área da moda, iMOD e a dinamização da nave e da frente de rio com espaços comerciais, tem vindo a confirmar a fábrica como um polo regenerador através do desenvolvimento de atividades criativas e tecnológicas.

Para além destas, destaca se também a reabilitação urbanística de áreas públicas redesenhadas com objetivos de melhorar a acessibilidade e garantir a mobilidade sustentável. “De referência são as obras na envolvente ao tribunal e o Parque do Ribeira do Matadouro que integram corredores verdes e de espaços públicos inovadores ao serviço dos cidadãos e da cidadania”, adianta a autarquia.

Fonte: Público

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.