27 junho 2013

Procura de casas para arrendamento aumentou em Ovar mas oferta escasseia


A procura de casas para arrendamento aumentou significativamente nos últimos meses, compensando de alguma forma a quebra da venda de imóveis. Duas das mediadoras locais contactadas, a Sousibela e a ERA Ovar, confirmam o aumento da procura de casas por parte dos arrendatários, contudo a pouca oferta disponível dificulta a concretização das operações.

De acordo com Márcia Costa, consultora da Sousibela, mediadora a funcionar desde 1993, “muitas vezes propusemos aos particulares o arrendamento em vez da venda, garantindo assim a rentabilização do imóvel, mas não é muito fácil convencê-los”. Na sua opinião, no caso de imóveis para venda, nota-se a procura de moradias modernas ou usadas, “mas a concretização da operação é mais difícil este ano, em comparação com 2012”.

João Tavares, gerente da ERA Ovar, confirma a maior procura de casas para arrendar. Simultaneamente verifica-se, também, “o aumento da procura por parte de investidores que compram frações usadas, que depois de pequenas obras são colocadas no mercado do arrendamento”, alerta.

Para o responsável da ERA Ovar, “parte significativa dos clientes compra as frações com recurso a capitais próprios, visível tanto nos imóveis destinados ao arrendamento, como para habitação própria”.

De acordo com os dados da Confidencial Imobiliário existem 438 fogos em oferta para venda no concelho de Ovar, sendo que 59% são frações usadas. Em média o tempo de absorção da oferta é de 15 meses, prevendo-se, por isso, que demore cerca de dois anos a ser escoada.

Um concelho para viver 

“Ovar é um concelho atrativo quer pelas suas características naturais – localização estratégica, cultura e património - quer pelo desenvolvimento alcançado no últimos anos”, destaca Manuel Alves de Oliveira, presidente da autarquia. Situado no norte litoral do distrito de Aveiro, próximo de Santa Maria da Feira, Espinho e Porto, tem uma área de 150 quilómetros quadrados e mais de 55 mil habitantes, distribuídos, atualmente, por oito freguesias: Arada, Cortegaça, Esmoriz, Maceda, Ovar, S. João, S. Vicente de Pereira e Válega.

A nível de incentivos na renovação de prédios e casas os proprietários podem beneficiar de um programa de apoio à execução de obras de conservação e/ou alteração de habitações degradadas até cinco mil euros. Simultaneamente, nestas obras verifica-se a redução, até 60%, dos montantes das taxas urbanísticas.

Assim, a autarquia tem em curso, desde abril de 2003, um programa municipal de apoio à execução de obras de conservação e/ou alteração de habitações degradadas. “Trata-se de um programa municipal concedido ao abrigo do Regulamento de Apoio à Recuperação de Habitações Degradadas, o qual estabelece as normas de atribuição de um subsídio monetário, a fundo perdido, para a execução de obras em habitações degradadas e destina-se a pessoas singulares, constituídas em agregados familiares carenciados, que não possuam capacidades financeiras para executar as obras e que preencham, cumulativamente, os requisitos previstos no regulamento”, adianta o autarca de Ovar. No que se refere a impostos municipais, a autarquia não vai aplicar as taxas máximas de IMI, previstas na lei, tendo definido a fixação da taxa de 0,4 % para os prédios urbanos avaliados nos termos do Código do IMI e de 0,7 para os restantes prédios urbanos; também reduziu a taxa de IMI em 12,5% para os prédios urbanos avaliados nos termos do Código de IMI com certificação energética A e A+, devidamente comprovada por entidades competentes.

Autarquia investe na renovação do espaço público

A Câmara Municipal de Ovar tem vindo a realizar um conjunto de intervenções em todas as freguesias. Assim, “é de salientar que estas intervenções têm tradução na reabilitação de infraestruturas; na requalificação de arruamentos; na beneficiação de inúmeros espaços públicos (largos, jardins públicos, edifícios escolares,) e na criação de novos espaços de todos e para todos, merecendo especial destaque o Parque Urbano de Ovar (4 milhões de euros); o Parque Ambiental do Buçaquinho (1,7 milhões de euros), que abrange as freguesias de Cortegaça e Esmoriz, a construção e manutenção das ciclovias e ecopistas de todo o concelho – cerca de 60 quilómetros”, adverte o presidente da autarquia, Manuel Alves de Oliveira.Em 2009 teve início o projeto “Ovar – Um centro urbano criativo e sustentável”, que se encontra em fase de conclusão. 

O plano de ação deste projeto foi aprovado pelo Programa Operacional Regional do Centro – MaisCentro, no valor global superior a 10 milhões de euros, com comparticipação no âmbito do QREN 2007-2013. 

Tratou-se de um programa de o centro da cidade de Ovar, assente na concentração de esforços e vontades no sentido de recuperar a sustentabilidade e a criatividade do centro urbano, valorizando a sua identidade, o seu património, e criando condições para a vivência cívica e cultural. Este plano e ação integrou uma carteira de vários projetos materiais e imateriais.

Fonte: Público

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