03 julho 2013

Absorção de escritórios em Lisboa cai mais de 60%


Em maio, o segmento de escritórios na capital portuguesa registou um decréscimo de 62% na área contratada por comparação com o mesmo mês do ano passado, revela a Aguirre Newman.
A área de escritórios contratada em maio deste ano em Lisboa foi de 2.987 m2, menos 62% que o valor verificado em igual período de 2012 (com 7.904 m2), de acordo com a mais recente análise da Aguirre Newman.

Em termos acumulados, a área de escritórios contratada (19.830 m2) nos primeiros cinco meses do corrente exercício na capital portuguesa foi inferior em cerca de 37% à registada no mesmo período do ano transato (31.408 m2), de acordo com o estudo da consultora imobiliária.

O total das operações registadas entre janeiro e maio de 2013 foi de 65, o que corresponde a menos 18 transações de arrendamento em termos homólogos. O maior número de operações verificou-se no Corredor Oeste (zona 6) e no Parque das Nações (zona 5), com, respetivamente, 12 e 26% da área transacionada. Na Zona Secundária (zona 4) ocorreram apenas seis operações.

Numa análise geográfica do número de transações registadas nos primeiros cinco meses deste ano, a Aguirre Newman destaca o crescimento do Parque das Nações (Zona 5), com mais sete transações que em igual período de 2012, e o decréscimo do Corredor Oeste (Zona 6), com menos 19 transações.

Analisando a distribuição geográfica dos metros quadrados colocados, a consultora refere que a zona 4 (Zona Secundária) obteve o maior crescimento da área contratada nos primeiros cinco meses de 2013 por comparação com os mesmos meses de 2012. Na zona 6 (Corredor Oeste), por outro lado, verificou-se a maior descida em termos da área contratada, com uma redução de 8663 m2.

A superfície média contratada por transação entre janeiro e maio do corrente exercício diminuiu cerca de 19%, de 378 m2 em 2012 para 305 m2 em 2013. As zonas Prime CBD (zona 1), com uma variação positiva de 57%, Parque das Nações (zona 5) e Corredor Oeste (zona 6), com variações negativas de, respetivamente, 46 e 55%, foram as que tiveram maior variação na superfície média contratada por transação em relação a igual período de 2012.

Ao avaliar a absorção por intervalo de área contratada nos primeiros cinco meses do ano em curso, a Aguirre Newman denota que na CBD (zona 2), Zona Emergente (zona 3), Zona Secundária (zona 4), Parque das Nações (zona 5) e Corredor Oeste (zona 6), mais de 50% das transações registaram uma superfície inferior a 300 m2. Do total da área contratada, 20% são em edifícios novos, indicando uma preferência por instalações usadas (com 80%).

Relativamente à absorção por intervalo de área contratada, apenas em 23 das transações (cerca de 35% do total) se verificou uma superfície superior a 300 m2; as restantes 42 (cerca de 65%) registaram uma superfície inferior a 300 m2.

Em maio de 2013 os setores "TMT (tecnologia, media e telecoms) & utilities" e "serviços financeiros" tiveram variações positivas face a igual mês do ano passado. O setor "outros serviços" registou a maior variação negativa, enquanto os "serviços empresas", "Estado, Europa e associações" e "construção & imobiliário" não tiveram qualquer área contratada.


Fonte: OJE

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