22 agosto 2013

O Imobiliário na capital de Angola


O Imobiliário na capital de Angola
Angola tem sido, nos últimos anos, o principal destino de diversas entidades/empresas de diversas nacionalidades, que recorrentemente «olham» para este mercado como uma mais-valia fundamental no desiderato do seu crescimento e evolução.
Era comum existirem referências à facilidade com que se alcançava o sucesso em território angolano, sem que daí adviessem exigências ao nível de valor e qualidade nos produtos apresentados. 

Hoje o cenário é completamente distinto, ou seja, apenas consegue alcançar o êxito aqueles que perpetuam uma mais-valia como forma de marcar a diferença e assim promover produtos e serviços de extrema qualidade e excelência. Para que essa mudança de mentalidade tenha dado frutos, foi também prioritário que as próprias entidades locais, de Angola, começassem a analisar a qualidade como uma característica imprescindível e uma exigência natural. Essa mensagem foi absolutamente transmitida e hoje «só» aqueles que reúnem requisitos de exigência e qualidade conseguem lá singrar e acima de tudo, manter-se no mercado angolano, também conhecido por ser um destino de negócios bastante competitivo e feroz. Só ficam os Melhores.

Desde 2008 em Angola, a Colliers tem vindo a consolidar a sua presença de uma forma sustentada e alicerçada nos requisitos anteriormente referidos e salientados. Excelência. Qualidade. Rigor. Valor. Reconhecida como líder no conhecimento das diversas áreas do mercado imobiliário, facultando portanto aos seus clientes/parceiros um valioso conhecimento do mercado e de formas de sustentar as decisões de negócio. Nesse ano, 2008, a Colliers apresentou ao mercado um inédito e exaustivo estudo do mercado de escritórios de Luanda. Nessa altura falava-se de uma oferta bastante mais antiga, onde os escritórios novos, de matriz internacional, não ultrapassavam 25% do total do stock e as rendas cresciam de forma inflexível.

Atualmente, a realidade é outra. Não que Angola registe níveis de depressão similares a outros continentes, mas a crise financeira internacional deixou algumas marcas. As rendas já não crescem como outrora, existem escritórios novos desocupados e o arrendamento em planta já é a exceção.

Nos últimos anos, este setor de mercado revelou alguma perda de fulgor, recuperada entretanto no último ano, 2012. Não obstante, o stock de escritórios quase dobrou e a linha do horizonte de Luanda encontra, cada vez mais, semelhanças com o de uma grande metrópole mundial.

Isto pode ser refletido na imagem dos últimos anos, ou seja, os ajustamentos que este setor de mercado foi conhecendo, não travaram o seu desenvolvimento com a chegada de novas empresas a Angola, mas também, com a expansão de outras. Não é por acaso, que as taxas de ocupação se mantêm acima dos 90 por cento.

É necessário contudo observar que o aumento da oferta continua ainda a revelar uma oferta inferior à procura. Acresce ainda que o recente período de algum arrefecimento do crescimento da economia Angolana induzida pela crise financeira internacional, e que conduziu a alguma estabilidade nos valores de arrendamento, não permite uma extrapolação simplista, pela via da generalização futura de factos passados. O fluxo de empresas internacionais na direção de Angola ainda não cessou, o que pode ser comprovado pelas notícias diárias de projetos de investimento em Angola, de empresas dos mais diversos países e dos mais variados setores.

Esta estabilidade e otimismo podem também ser sustentados perante o crescimento do PIB em Angola, sobretudo num momento em que o mundo inteiro encontra-se num período de recessão quase sem precedentes.

Mas quais os problemas?

Não se pode camuflar que alguns problemas persistirão. Quais? A burocracia e algumas dificuldades legais e que felizmente têm vindo a ser combatidos, ou pelo menos existe a vontade pública em fazê-lo, pelo Governo.

Com o acréscimo de oferta nova que dobrou a oferta existente, os preços não sofreram um colapso e mantiveram-se nos níveis mais elevados de África. A resposta do mercado passou pelo prime yelds decrescentes. Atenta a este panorama, a própria Colliers International, pela voz de Joaquim Chambel, Manager Portugal e Angola, já comunicava este desempenho ao mercado já em 2009, lembrando que os três anos seguintes seriam suficientes para a oferta satisfazer a procura.

Setores essenciais

O setor industrial e o setor logístico vão seguramente evoluir no sentido de encontrar localizações e instalações capazes de proporcionar serviços mais eficientes. Isso quer dizer que o investimento neste setor continuará, o que faz todo o sentido atendendo aos atuais elevados custos de contexto na importação e distribuição de bens. Entretanto, o resultado das tensões de mercado – oferta vs procura – far-se-á menos ao nível de preços (tirando exceções) e mais ao nível de localizações onde subsiste a dificuldade dos promotores encontrarem escalas de projeto compatíveis com a procura.

O crescimento populacional e a capacidade de atração de imigração e investimento são outros dos fatores que consubstanciam a bondade deste processo. O futuro de Angola permanecerá risonho, desde que consiga expandir o desenvolvimento bem-sucedido dos últimos anos, a outros setores de produção e serviços.

Assim, Angola assume-se hoje como um dos países mais ricos e com crescimento mais acentuado em África. Com uma economia alicerçada, quase exclusivamente, no setor petrolífero, tem procurado diversificar, embora lentamente, o seu padrão de produção. Mas deve ter-se em conta que essa especialização petrolífera é um dos maiores perigos que Angola enfrenta e só será positivo desde que consiga ampliar o desenvolvimento bem sucedido dos últimos anos a outros setores de produção e serviços.

A Colliers International é uma empresa líder mundial em serviços de real estate. Através de uma cultura de excelência no serviço e um sentido de iniciativa partilhada, integra os recursos de especialistas espalhados por todo o mundo, com o único objetivo de acelerar o sucesso dos clientes. Com escritórios em Portugal e Angola e mais de 512 escritórios, estes partilham um símbolo comum, mas também uma visão alicerçada na prestação da melhor experiência de serviço possível. Esta visão significa conjugar esforços com os clientes, escutar atentamente as suas necessidades únicas e planear uma oferta de serviços integrada. O desiderato passa por transformar os imóveis numa vantagem competitiva e garantir que todas as necessidades imobiliárias são satisfeitas.

Por Nuno Serrenho, Diretor Geral da Colliers Internacional em Angola

Fonte: Revista Pontos de Vista

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