06 setembro 2013

APEMIP destaca importância do Algarve no setor do imobiliário


Luís Lima, Presidente da APEMIP
Há dados otimistas relativamente ao imobiliário. O Algarve assume relevância na indústria imobiliária.
Nos dados do Inquérito Mensal de Conjuntura (IMC) da APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal referente ao 1º semestre deste ano, as expetativas são tendencialmente mais otimistas, face ao ano transato. 

A associação destaca o período sazonal, com a vinda de emigrantes e turistas (que podem adquirir um imóvel), o novo quadro legislativo do setor, os "golden visa" e a maior diversificação na captação de investimento. 

No 1º semestre de 2013 e nos segmentos em análise regista-se o maior nível de atuação por parte das empresas de mediação imobiliária, com 99,7%" em "Habitação, 66,1%" nos "Terrenos Urbanos e 65,5% no "Comércio". O segmento que registou o nível inferior de incidência foi a "Indústria" (28,7%). 

De acordo com as estatísticas do portal CasaYES, no âmbito da dinâmica da procura, no primeiro semestre do ano corrente as intenções de arrendar um imóvel aproximaram-se dos 45%, sendo que em alguns distritos esta realidade atingiu praticamente metade das pesquisas. 

No arrendamento residencial, em 39% dos casos a nível nacional estabeleceu-se entre os 300 e os 500 euros, em 38% com valores inferiores ou iguais a 300 euros e em 14% entre 500 a 750 euros. Contrastando a procura com o que existe no mercado para oferta, denota-se um certo desequilíbrio, sobretudo no limite inferior. 

Registam-se, tal como em anteriores catálogos, tanto na procura como na oferta imobiliária uma forte concentração em "Apartamentos" e um fraco interesse em "Moradias", nas tipologias a oferta centralizou-se nos T2 e T3. 

A segmentação por valores de mercado para venda regista uma maior concentração entre 75 mil e 125 mil euros (29%) e entre os 125 mil e os 175 mil euros (20%). Quanto a valores por metro quadrado (euros/M2), a oferta residencial nacional concentrou-se no intervalo entre 1.000 e 1.500 euros por M2, representando 34,4% dos imóveis disponibilizados. 

Neste catálogo, divulgado após o período de férias, a análise centraliza-se na região algarvia. Nas palavras de Luís Lima, presidente da APEMIP, "o Algarve tem de saber consolidar-se como destino de férias, acolhedor e seguro, com uma oferta turística variada e de qualidade, num território onde a segurança e o respeito pelos estrangeiros é total, e onde tal oferta tem preços muito competitivos". 

O gestor sublinha ainda dados significativos da região: "O Algarve acolhe 4,3% da população portuguesa, números que contemplam 17% do total de cidadãos estrangeiros que residem em Portugal".

Com base nas dinâmicas censitárias de 2011, os dados indicam que no Algarve do total de alojamentos 47,3% destinavam-se a residência habitual, 39,5% a alojamentos sazonais e 13,3% encontravam-se vagos. 

No período decorrente entre 2001 a 2011, os alojamentos de residência habitual cresceram 24%, de secundária 40% e os vagos 93%, tendo estes últimos registado um crescimento significativo nos municípios de Vila Real de Santo António, Alcoutim e Albufeira. Decompondo os alojamentos vagos, em 2011 cerca de 24% do total de alojamentos vagos na região algarvia destinam-se a arrendamento. 

Quanto às expetativas gerais das empresas de mediação imobiliária para o último trimestre de 2013 são claramente mais positivas para o setor, surgindo também algumas expetativas perante potenciais mercados internacionais que parecem estar a olhar para o mercado nacional.

Fonte: OJE

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