06 setembro 2013

Sindicato da Construção diz que recuperar seis mil casas do Porto criaria 36 mil empregos


Reabilitação urbana, Porto zona histórica
O presidente do Sindicato da Construção de Portugal revelou que vai pedir a intervenção do Governo para reabilitar as "mais de seis mil casas" degradadas do Porto, o que criaria 36 mil postos de trabalho na cidade.
"Esta audiência de caráter urgente que vamos pedir ao ministro do Emprego e Solidariedade Social vai contribuir para que a reabilitação urbana seja efetiva e para que a cidade se torne mais segura e mais bonita", prometeu o responsável sindical, Albano Ribeiro, em conferência de imprensa.

De acordo com o presidente do Sindicato da Construção, o Porto "tem mais de seis mil casas que a qualquer momento podem ruir e precisam de ser reabilitadas" e a sua recuperação criaria "36 mil postos de trabalho", levando o Porto a ser novamente "a cidade do trabalho".

"Andamos no Porto a fazer um levantamento. Posso garantir, e é cientificamente, que há mais de seis mil casas que precisam de uma intervenção. Um dia destes um transeunte pode levar com uma janela ou com uma varanda. Quem é que depois vai pagar esse sinistro?", questionou.

Olhando para o património degradado nacional, Albano Ribeiro diz que a sua recuperação levaria à "criação de mais de 80 mil postos de trabalho" e lembrou a promessa não cumprida, feita em novembro de 2012, pelo então secretário de Estado das Obras Públicas.

"Na altura, o secretário de Estado, que agora é das Infraestruturas, era a favor da nossa ideia. Disse-nos que, para não os acusarem de tomarem medidas eleitoralistas, a reabilitação urbana ia avançar entre abril e maio de 2013. Estamos em setembro e não avançou. Foi um sonho dele? Possivelmente", lamenta o sindicalista.

Por isso, na audiência com o ministro do Emprego, para além de alertar para a possibilidade de criar inúmeros postos de trabalho, Albano Ribeiro vai "perguntar se [o avanço da reabilitação urbana] foi sonho do secretário de Estado".

As declarações foram feitas em frente à Câmara do Porto, onde foi colocado um painel com várias imagens de património degradado da cidade, de modo a assinalar o lançamento da campanha "Porto mais seguro e mais bonito, com a reabilitação urbana das casas abandonadas e a caírem".

Para a iniciativa foram convidados "todos os candidatos à Câmara do Porto", revelou Albano Ribeiro, lamentando que "candidatos que defendem a reabilitação" não apareçam "numa coisa destas".

Nuno Cardoso, candidato independente à autarquia, esteve no local a apoiar a ação do Sindicato, reafirmou a intenção de reabilitar a cidade apostando primeiro na sua reanimação e tendo como palavra de ordem "abrir portas".

Exemplo disso, frisou, foi a reabertura "em dez dias" do Cinema Batalha, fechado "há três anos", bem como a requalificação da envolvente.

O candidato do BE à autarquia portuense, destacou a importância do repovoamento do Porto "para contrariar o esvaziamento de que a cidade tem sido alvo".

José Soeiro defende que "pelo menos metade" da receita de 40 milhões de euros angariados anualmente pela autarquia com o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) devem ser "devolvidos à cidade em reabilitação urbana, para disponibilizar casas a preços acessíveis".

Fonte: RTP Notícias

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