Nos últimos 10 anos a atividade da construção e comercialização de edifícios foi das mais afetadas pela crise com que nos confrontamos. Este fenómeno foi além disso extensível a todos os concelhos do país, onde se assistiu a quebras pronunciadas envolvendo o sector, tal como mostra a análise que o Grupo Marktest realizou "Os Concelhos Portugueses 1992-2012".
As 23.416 licenças de construção concedidas em Portugal em 2011 correspondem a um decréscimo de 60% face a 2001 e de 63% comparativamente a 1991.
Todas as regiões registaram uma variação negativa na atribuição de licenças de construção, o mesmo sucedendo entre os concelhos. Dos 308 concelhos do país, apenas 7 registaram um aumento no número de licenças de construção entre 1991 e 2011. De entre eles, destaque para Cascais, Ribeira Grande e Loures com uma variação superior a 60%, ao contrário de Porto Moniz e Amadora, que atribuíram menos 98% de licenças de construção.
A mesma evolução foi observada no número de obras concluídas, que recuaram 49% nos últimos 10 anos, em especial em Porto Moniz, Castro Verde e São Brás de Alportel, com quebras acima de 70%.
O número de prédios transacionados também caiu abruptamente, menos 49% em 10 anos. O valor destas transações evidenciou igualmente uma baixa de 39%, mas o valor médio dos prédios transacionados subiu 21% neste período.
Em 2011, os concelhos de Cascais, Vila do Bispo e Lisboa apresentaram os valores médios de transação mais elevados, ao contrário de Penela, Vila de Rei, Pedrógão Grande, Oleiros e Vinhais, onde o valor das transações não atingiu, em média, os 5 mil euros.
Estes são alguns dos insights fornecidos pela análise Os Concelhos Portugueses 1992-2012, que o Grupo Marktest lançou recentemente. Para além da demografia, construção e habitação, temas como ambiente, saúde, cultura, lazer, atividade económica, índices de desenvolvimento, resultados eleitorais, entre outros, são também analisados nesta edição.
Fonte: Marktest
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