Apesar de os indicadores de clima económico e de confiança manterem uma trajetória de recuperação desde o início do ano, o mercado de arrendamento de escritórios continua muito contraído, e a maioria dos negócios realizados resulta da descida do valor das rendas. Entre julho e setembro de 2013, foram colocados 19 mil m2 de espaços de escritórios em Lisboa, revelando uma subida de 38% relativamente aos dois trimestres anteriores.
Para este acréscimo contribuíram os três maiores negócios registados este ano, nomeadamente a mudança de instalações da Schneider Electric (2900 m2) e da Astington Services (2800 m2) para o Corredor Oeste, e a instalação de uma nova empresa, a Subsea 7 (2 mil m2) no Parque das Nações. Verifica-se que continuamos a assistir à mudança de empresas, motivada por rendas mais baixas, e à instalação de novas empresas, nomeadamente internacionais, que encontram no País custos bastante competitivos, quer de ocupação de espaço quer de recursos humanos.
No entanto, apesar do impulso registado este trimestre, a ocupação de escritórios em Lisboa continua muito contida. Deste modo, a absorção bruta acumulada até ao terceiro trimestre atingiu 44 900 m2, evidenciando uma queda de 28% relativamente ao período homólogo. Aproximando-se já o final de 2013, somos obrigados a admitir que vamos ter novamente um dos piores anos do mercado de arrendamento de escritórios de Lisboa desde o início do século. Em 2011 registou-se o nível mais baixo, com 88 mil m2, e este ano ficaremos muito provavelmente abaixo.
Por Cristina Arouca, Associate Diretor na CBRE
Fonte: OJE
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