O Banco de Portugal está a estudar o impacto na Caixa Geral de Depósitos (CGD) e no BCP de uma proposta que exige aos bancos a consolidação dos fundos de investimento imobiliário que detenham.
Na circular em que o Banco de Portugal ameaça reduzir o valor dos imóveis retomados pelos bancos até 60%, o regulador diz também que está a estudar as participações que as instituições financeiras têm nos fundos de investimento imobiliário.
Sobre este tema, a instituição liderada por Carlos Costa acrescenta que foi realizado um “projeto de orientação sobre a consolidação de fundos”, que está a ser analisado pelo Departamento de Estabilidade Financeira, ao mesmo tempo que está a ser feito “um estudo de impacto para dois grupos bancários, CDG e BCP”.
O Banco de Portugal tem-se mostrado preocupado com a exposição do setor bancário português ao imobiliário, que tem vindo a sofrer desvalorizações.
Com o agravar da crise, os bancos reforçaram as vendas dos imóveis para os fundos de investimento imobiliário, em que geralmente detêm unidades de participação.
Quando concretizam essas operações, os bancos registam nas imparidades a diferença entre o valor líquido a que o imóvel estava contabilizado e o valor da venda, mas têm também vantagens.
Com esse movimento, os bancos não só conseguem reduzir a exposição em balanço a ativos imobiliários, como partilham o risco de novas desvalorizações desses imóveis com outros investidores, que detêm unidades de participação nos mesmos fundos fundos.
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Fonte: iOnline
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