Os números apurados no final do terceiro trimestre de 2013 relativamente às dinâmicas imobiliárias registadas em Portugal revelam que houve um acréscimo de transações imobiliárias de 8,7%, relativamente ao trimestre anterior, num total superior a 25 mil.
No mesmo período de tempo houve uma diminuição do número de imóveis entregues em dação para pagamento de créditos tanto por famílias, como por promotores imobiliários, decréscimo que é de 29% relativamente aos números do trimestre anterior.
Há, à entrada para o último trimestre de 2013, um dinamismo significativo e positivo que, no caso do aumento das transações imobiliárias está a ser gerado por dinâmicas muito próprias deste mercado, de entre os quais se destacam os fluxos turísticos, a procura da emigração e os golden visa.
O arrefecimento do mercado imobiliário, resultante da situação económica do país e da crise financeira que atinge a Europa, parece estar a inverter-se reacendendo esperanças nas famílias, nomeadamente nas que adquiriram imóveis para habitação própria e em promotores que apostaram em investimentos neste sector.
Registe-se que o peso desta realidade continua a ser mais sentido nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, sendo no entanto de referir como positivo, que nestas duas áreas são mais visíveis os números destas tendências, com particular relevo para a quebra do volume das dações.
Voltando ao aumento do número de transações imobiliárias, é de registar que em quase metade dos municípios portugueses, mais precisamente em 152 municípios, contabilizaram-se, nos primeiros nove meses do corrente ano, mais de 200 transações imobiliárias.
Nestes números contabilizam-se transações de imóveis urbanos, rústicos e mistos o que não invalida que os números possam ser lidos com claros indícios de uma recuperação de um mercado que, como repetidamente tenho vindo a clamar, tem condições para se assumir como um dos pilares do renascimento da nossa economia.
Boas notícias e boas notícias que marcam um momento muito positivo para a visibilidade do nosso mercado imobiliário, esta semana empenhado no Salão Imobiliário de Portugal (SIL 2013), que hoje abre portas e que está sob a observação atenta de muitos investidores estrangeiros interessados em investir no imobiliário português.
É sabido que os investidores mais atentos e mais conhecedores reconhecem existir em Portugal uma oferta imobiliária de qualidade, a preços muito competitivos, que não sofreu, ao contrário de muitos outros países, qualquer bolha imobiliária. Este reconhecimento começa, felizmente, a alargar-se e a dar mais esperança à nossa recuperação.
Por Luís Lima, Presidente da CIMLOP - Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
Fonte: APEMIP
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