13 outubro 2013

Por dia são vendidas 278 casas em Portugal


Entre Julho e Setembro de 2013 foram vendidas, em média, 278 casas por dia em Portugal. Em três meses foram comercializados, no total, 25 mil imóveis, o que corresponde a um aumento de 8,7 por cento face ao trimestre anterior.

Este ligeiro crescimento do sector imobiliário foi realçado pelo secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, no arranque de mais uma edição do SIL - Salão Imobiliário de Portugal, que começou quarta-feira, 9 de Outubro, e se irá prolongar até domingo, dia 13, na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa.

«É imperioso continuar a trabalhar afincadamente para que Portugal possa continuar, de forma sustentada, a percorrer uma trajectória de recuperação económica que seja compatível com o processo de consolidação das contas públicas. O nosso país precisa de mais investimento, seja ele nacional ou estrangeiro, para inverter, definitivamente, o ciclo recessivo que tantos sacrifícios exigiu às famílias e às empresas», referiu o governante.

O secretário de Estado salientou ainda que a banca, sector intimamente ligado ao imobiliário, está a facilitar os mecanismos de pagamento de dívida no crédito à habitação. «Consequência dessa atitude é a quebra de 58 por cento na entrega de imóveis, face ao mesmo período do ano passado, que se registou entre Janeiro e Setembro deste ano».

Portugal é o país da União Europeia que tem mais proprietários de habitações adquiridas sem recurso a empréstimos bancários. Segundo dados de 2011, 41 por cento do total de habitações em Portugal foi comprado com capitais próprios enquanto que apenas 34 por cento foi adquirido com recurso a hipoteca. No universo dos 27 países da União Europeia a realidade é outra. Em média apenas 27,6 por cento das casas estão na posse de famílias que não tiveram que pedir empréstimo bancário para as adquirir enquanto que 43 por cento foi comprado mediante hipoteca. Apenas uma pequena parte da população vive em habitações arrendadas.

Leonardo Mathias considera que atendendo ao difícil contexto económico, tanto ao nível europeu como ao nível interno, o mercado imobiliário deve não só apostar na potencialidade do mercado interno mas também dar prioridade à «internacionalização e à captação de investimento estrangeiro com especial enfoque nos mercados de língua portuguesa e dos países asiáticos».

A reabilitação urbana tem sido preponderante assumindo-se como o novo paradigma para o sector do imobiliário. No primeiro semestre de 2013 foram vendidos a investidores chineses, russos e angolanos diversos edifícios para reabilitação, situados na zona de Lisboa, cujo montante atinge cerca de 90 milhões.

O governante, que encara estes números como sinal de recuperação, sublinha que o mercado imobiliário português apresenta uma «boa qualidade de oferta e uma relativa estabilidade ao nível de preços» surgindo como opção de investimento firme, nomeadamente no segmento do turismo residencial. «Vários mercados, maduros e emergentes, perspectivam Portugal como um local agradável e rentável para aquisição de segunda habitação – um elemento relevante para a atracção de investimento directo estrangeiro em Portugal».

Nos últimos meses vários factores têm vindo a contribuir para uma maior dinamização do mercado, resultado do crescente interesse de investidores estrangeiros no mercado imobiliário nacional. Exemplo disso mesmo é a compra anunciada por parte do fundo alemão Deka Immobilien do Edificio Báltico no Parque das Nações por 43 milhões de euros.

Fonte: Jornal Arquitecturas

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